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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26655

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Título: O projeto de arte-vida de Lygia Clark: rupturas e desafios na formulação de um projeto de arte contemporânea
Autor(es): MEDEIROS, Izabella Maria da Silva
Palavras-chave: Sociologia; Arte contemporânea; Clark, Lygia
Data do documento: 31-Ago-2012
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Este trabalho partiu do interesse em se investigar a possibilidade de tensionamento da arte com a vida num contexto brasileiro em que há um forte desejo de inserção social da arte, de se estabelecer novas formas de interação com o público e se construir novos modelos de experiência estética. Refiro-me ao período que teve como marco inicial a década de 1960, momento marcado por importantes mobilizações e reflexões em torno de e sobre as questões que envolviam o debate sobre cultura e arte no país. É um momento em que novas concepções de arte e cultura conquistam cada vez mais espaço e o desejo de uma arte que concilie os sentidos da experimentação e da participação surge como principal reinvindicação. Diante do cenário político em que o Brasil vivia então, havia um forte desejo de construir-se uma arte que se opusesse incisivamente aos valores autoritários do regime militar. Assim, os artistas procuraram construir um novo conceito de arte e de artista, capaz de desenvolver uma prática artística que se constituísse enquanto tal vinculando-se ao contexto da vida comum dos sujeitos. Tomando, então, a produção artística de Lygia Clark como objeto de estudo, meu objetivo foi investigar de que maneira ela elaborou um programa estético-artístico capaz de atingir as finalidades acima citadas. Marcada por um permanente questionamento da função da arte e do artista, Lygia Clark revolucionou a relação espectador-obra de arte e assumiu, acima de tudo, o ato estético como campo de experiência. Com a pesquisa sobre seu trabalho e, consequentemente, sobre a emergência da arte contemporânea no Brasil, é possível compreender que a arte não se reduz ao objeto e/ou à manifestação que redundam de sua prática. A arte é exatamente essa prática em sua totalidade, configurada como uma prática estética aberta à invenção e que, por isso mesmo, problematiza e transforma a realidade. Afirmo, desse modo, que o artista contemporâneo, ao deslocar-se de sua posição tradicional (distanciada do público) e procurar se inserir na matéria do mundo e da vida comum, demonstra como a arte é uma prática de problematização da vida cotidiana: processo de produção e (re)significação de sentidos e criação de mundos.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26655
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Sociologia

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