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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29403
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Título: | Área de vida de caprinos domésticos (Capra hircus, Bovidae) em uma paisagem de caatinga antropizada |
Autor(es): | SANTOS, Davi Jamelli |
Palavras-chave: | Florestas tropicais; Pecuária; Caprinos |
Data do documento: | 26-Fev-2015 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | Florestas Tropicais Sazonalmente Secas são severamente utilizadas e ameaçadas pelo homem. Em países em desenvolvimento, as condições de baixa renda acentuam a necessidade do uso dos recursos florestais e atividades como a pecuária extensiva, que quando mal manejada pode causar impactos negativos no ecossistema. A herbivoria exercida por grandes mamíferos, selvagens ou domesticados, exerce papel chave na estrutura da vegetação e biodiversidade e hoje alguns ecossistemas como a Caatinga possuem animais domésticos como os principais grandes herbívoros. Assim, é razoável pensar que, na Caatinga, os 8,6 milhões de caprinos devem exercer fortes pressões e impactos sobre a comunidade vegetal e apresentar padrão de uso da paisagem intimamente ligado a presença humana. Testamos a hipótese de que o uso de hábitat de caprinos na Caatinga é influenciado pela distância aos assentamentos humanos e/ou dependente do estágio de perturbação da vegetação. Realizamos entrevistas com os moradores do Parque Nacional do Catimbau para obter informações da caprinocultura e rastreamos 10 caprinos domésticos com uso de GPS datalogger. Também geramos modelos de ocupação do hábitat. Os caprinos apresentaram área de vida média de 97,7 ± 30,01 ha, com forrageio próximo das casas e preferencialmente em áreas abertas com vegetação menos densa. Acreditamos que as áreas abertas representam um atrativo aos caprinos principalmente por constituírem áreas com maior facilidade de locomoção e abundância de alimento palatável. Esse padrão de forrageio observado sugere uma forte associação com áreas fragmentadas e exploradas por outras atividades humanas. Com isso, em condições de sobrepastejo, caprinos podem desempenhar um importante papel na secundarização da Caatinga. Estimamos pelo modelo que 41% da área do Parque seja adequada ao forrageio, realizada por caprinos em uma densidade estimada de 4,6/km² (11,3/km² quando consideramos apenas a área modelada), valores abaixo de algumas outras regiões semiáridas. A baixa densidade resultar da grande seca nos últimos anos na região norte e nordeste do Brasil. Apesar da baixa densidade e extensão do uso do habitat, a região oriental do Parque, mais populosa, apresenta um padrão onde o uso da terra por caprinos é mais intenso e nos parece claro que o uso da paisagem é intenso apenas em locais com alta densidade humana. Além do aspecto ecológico, a questão socioeconômica deve ser considerada. A caprinocultura é parte da cultura regional, representando um significativo alívio da pobreza. A busca por melhores planos de controle de impacto de caprinos deve considerar o manejo de baixas densidades desses animais e seus efeitos positivos na manutenção da estrutura e biodiversidade, como discutido em outros locais pelo mundo. |
Descrição: | SANTOS, Davi Jamelli, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: JAMELLI, Davi |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29403 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Biologia Vegetal |
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