Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29485
Compartilhe esta página
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | MARTINS, Paulo Henrique Novaes | - |
dc.contributor.author | PORTELLA, Mariana de Oliveira | - |
dc.date.accessioned | 2019-02-26T20:22:23Z | - |
dc.date.available | 2019-02-26T20:22:23Z | - |
dc.date.issued | 2017-02-24 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29485 | - |
dc.description.abstract | Esta tese trata de relações sociais desenvolvidas no campo profissional da assistência obstétrica e aponta para a dimensão epistemológica da hierarquia profissional estabelecida nesse campo. O recorte da pesquisa abarcou profissionais médicos, enfermeiras, parteiras e doulas e toma como referência o caso da assistência na cidade do Recife/PE. O objeto da pesquisa se constituiu na trama de práticas discursivas que reproduzem formas de conhecimento sobre o parto, desenvolvidos num gradiente entre saberes formais canônicos coloniais, como a biomedicina, e saberes não formais anti-coloniais, como pode ser entendido o saber tradicional. A investigação buscou, por meio da análise das práticas discursivas que permeiam as atuações profissionais, aprofundar o entendimento da hierarquia e do trânsito de saberes que compõem a prática da assistência, mapeando parte desse vasto território de diversidade de modos de assistência ao parto. Tomou-se como hipótese geral a ideia de que o discurso sobre o parto foi colonizado pela concepção biomédica do evento e do corpo, com prejuízos graves para sujeitos não médicos e, sobretudo, para as mulheres. Nesse sentido, a hierarquia profissional estabelecida no campo da assistência obstétrica pode ser vista como fruto da hierarquização de saberes que também é refletida por padrões de dominação sobre o corpo que pare. A proposta da investigação foi identificar os sinais desses processos de colonialidade de práticas e saberes. A tese demonstra que a medicalização do parto é uma expressão da hierarquia profissional e não tem sido efetivamente combatida por importantes políticas públicas voltadas para humanização da assistência, na medida em que essas não alteram o padrão de centralidade médica, historicamente construído a partir de estratégias de difamação e criminalização da assistência não-médica. O risco é um traço epistemológico marcante em todo saber obstétrico e como categoria discursiva é fundamental para a compreensão da hierarquia profissional que reproduz sistemas de privilégios e ausência de reconhecimento e autonomia profissional. Como desdobramento da centralidade do risco, o tempo do parto torna-se objeto de escrutínio, passível de controle e medicalização. A partir disso, pode-se dizer que a prática obstétrica dentro do modelo hegemônico tecnocrático contribui para a supressão da variabilidade dos tempos do parto (ou das formas de parir), contribuindo mais com o controle do que com o cuidado. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | CAPES | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Sociologia | pt_BR |
dc.subject | Política pública | pt_BR |
dc.subject | Parto (Obstetrícia) – Aspectos sociais | pt_BR |
dc.subject | Parto (Obstetrícia) – Fatores de risco | pt_BR |
dc.title | Ciência e costume na assistência ao parto | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/6173456373642175 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/6218095707596245 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Sociologia | pt_BR |
dc.description.abstractx | The present thesis deals with the social relations developed in the professional field of obstetric care and points to the epistemological dimension of the professional hierarchy established in the field. The study scope covered medics, nurses, midwives and doulas and takes as reference the provision of care in Recife/PE. The goal of the study was constituted in the web of discursive practices which reproduce forms of knowledge regarding childbirth, developed in a gradient between colonial formal canonical knowledges, such as biomedicine, and anticolonial non-formal knowledges, as the traditional knowledge may be considered. The investigation tried to, through the analysis of the discursive practices that permeate professional performance, deepen the understanding of hierarchy and traffic of knowledges which compose the practice of care, mapping part of this vast territory of diversity of modes of childbirth care. The idea that the discourse regarding childbirth has been colonized by the biomedical conception of the event and of body with severe prejudice, to non-medical individuals and, above all, to women has been taken as the general hypothesis. Under that perspective, the professional hierarchy established in the filed of obstetric care may be seen as a consequence of the tiering of knowledges that is also reflected by standards of domination over the body that gives birth. The goal of the investigation was to identify the flags of these coloniality processes over practices and knowledges. The thesis demonstrates that medicalization of childbirth is one expression of the professional hierarchy and have not been effectively fought with important public policies aimed at the humanization of the care, insofar as these do not change the standard of medical centrality, historically constituted from strategies of defamation and criminalization of the non-medical care. The risk is a striking epistemological trace in all obstetric knowledge and as discursive category it is fundamental to the understanding of the professional hierarchy that reproduce systems of privilege and absence of recognition and professional autonomy. As an unfolding of the centrality of the risk, the length of the childbirth turns into the object of scrutiny, liable of control and medicalization. From that, it is possible to affirm that the obstetric practice within the hegemonic technocratic model contributes with the suppression of the diversity of lengths of childbirths (or of forms of childbirths), contributing more with control then with care. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Sociologia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Mariana de Oliveira Portella.pdf | 7,58 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons