Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33436

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorSANTOS, Bráulio Almeida-
dc.contributor.authorSPECHT, Maria Joana da Silva-
dc.date.accessioned2019-09-20T20:07:32Z-
dc.date.available2019-09-20T20:07:32Z-
dc.date.issued2018-03-28-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33436-
dc.description.abstractEsta tese teve como objetivo investigar os determinantes de uso das espécies vegetais por populações rurais e as implicações ecológicas deste uso para a manutenção da biodiversidade de florestas secas utilizando a Caatinga como modelo de sistema socioecológico. Inicialmente apresentamos uma introdução ao tema discutindo sobre a importância biológica, socioeconômica e status de conservação das florestas secas e porquê estudá-las. Também levantamos informações sobre os impactos socioeconômicos das mudanças climáticas e das áreas protegidas sobre populações locais e sobre como a Caatinga representa um bom modelo para estudos socioecológicos e etnoecológicos em florestas secas. Utilizamos para a elaboração dos dois capítulos desta tese dados provenientes de 81 entrevistas semiestruturadas realizadas entre janeiro e julho de 2016 com moradores do Parque Nacional Catimbau e entorno para avaliar variáveis socioeconômicas, de gerenciamento de recursos e de uso do solo. No primeiro capítulo, nossos resultados mostram que as pessoas que vivem dentro do parque estavam enfrentando piores condições socioeconômicas, incluindo disponibilidade de água mais limitada, pior infraestrutura das casas, menor renda familiar e alta dependência de lenha, quando comparadas com famílias que viviam fora ou em condição de moradia dupla (dentro e fora dos limites do parque). As famílias que vivem dentro do parque estão estagnadas em um ciclo de dependência do apoio financeiro externo por programas de renda mínima e exploração de recursos naturais, com manejo ineficiente de terras e com cera de 76% vivendo abaixo da linha de pobreza com poucas oportunidades de mudança de cenário. No segundo capítulo, descobrimos que as famílias de baixa renda usavam mais espécies nativas coletadas de áreas naturais que famílias de renda mais alta. Famílias com mais disponibilidade de adultos para trabalho agrícola e famílias mais educadas usavam mais espécies de áreas florestais, indicando maior potencial para explorar a floresta. Além disso, encontramos um sinal filogenético nas categorias de alimentos e lenha, mostrando que as pessoas tendem a usar espécies estreitamente relacionadas nessas categorias. Nossos resultados mostram que a pobreza é um importante fator socioeconômico que impulsiona a intensificação do uso de espécies nativas. Essas atividades podem levar à perda da história evolutiva da comunidade vegetal por sobre-exploração, porque o padrão de seleção de plantas úteis pelas comunidades tradicionais de alimentos e lenha não é distribuído aleatoriamente sobre a filogenia. Os resultados desta tese demonstram que as relações entre uso de plantas por seres humanos e a conservação da biodiversidade na Caatinga não podem ser negligenciadas especialmente quando as populações humanas estão em situação de pobreza e irregularidade fundiária dentro de Unidades de Conservação. Estas situações conferem efeitos negativos importantes à flora local atual e pode gerar implicações na história evolutiva de clados. Dessa forma, estratégias de manejo que conciliem o uso dessas florestas e a manutenção da biodiversidade da Caatinga e dos modos de vida tradicionais são urgentes.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectCaatingapt_BR
dc.subjectConservaçãopt_BR
dc.subjectPopulações tradicionaispt_BR
dc.titleRelações socioeconômicas e consequências ecológicas da utilização de plantas por populações tradicionais no sertão pernambucanopt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.advisor-coBALDAUF, Cristina-
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1016268028012858pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7867042386088490pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Biologia Vegetalpt_BR
dc.description.abstractxThis thesis aimed to investigate the determinants of plants species use by rural populations and the ecological implications for biodiversity maintenance of dry forests using the Caatinga as a socioecological system model. First, we present an introduction discussing about the biological and socioeconomic importance and conservation status of dry forests and why they are studied. We also reported on the socioeconomic impacts of climate change and protected areas on local populations and how the Caatinga is a good model for socioecological and ethnoecological studies in dry forests. We used, for the two chapters, data from 81 semi-structured interviews conducted between January and July 2016 with residents of the Catimbau National Park and surrounding areas to evaluate socioeconomic variables, resource management and land use. On the first chapter, our results shows that people living within the park were facing lower socioeconomic conditions, including more limited water availability, lower house infrastructure, lower family income and high dependence on firewood compared to families living outside the Park or in double dwelling conditions (inside and outside of the Park boundaries). Families living within the park are stagnating in a cycle of dependence on external financial support, programs of minimum income and exploitation of natural resources. 76% were living below the poverty line with few opportunities for change. On the second chapter, we found that low-income families used more native species from forest areas than higher income families. Families with more availability of adults for farm labor and families with more educated households used more species from forest areas, indicating more potential to explore the forest. Additionally, we found a phylogenetic signal in the food and firewood categories, showing that people tend to use closely related species in these categories. Our results show that poverty is an important socioeconomic factor that drives the intensification of native species use. These activities may lead to the loss of the evolutionary history of the plant community by overexploitation, because the selection pattern of useful plants by traditional communities for food and firewood is not randomly distributed over the phylogeny. The results of this thesis show that the relationships between plant use by humans and biodiversity conservation in Caatinga can not be neglected, especially when human populations are living illegally on land within Protected Areas. These situations can confer significant negative effects on the current local flora and may have implications for the evolutionary history of clades. Thus, management strategies that reconcile the use of these forests and the maintenance of the Caatinga biodiversity and traditional livelihoods are urgent.pt_BR
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Biologia Vegetal

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Maria Joana da Silva Specht.pdf4,54 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons