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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34203
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Título: | Infecções por dengue, Zika e chikungunya em mulheres e ocorrência de anomalias congênitas em recém-nascidos: uma análise epidemiológica em Pernambuco |
Autor(es): | SILVA, Keilla Maria Paz e |
Palavras-chave: | Arboviroses; Anomalias congênitas; Epidemiologia |
Data do documento: | 28-Fev-2019 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | As doenças causadas por arbovírus geralmente ocorrem de maneira epidêmica e são semelhantes em sua expressão clínica. Eles constituem uma síndrome que pode ser febril ou exantemática (por exemplo, dengue [DENV] e chikungunya [CHIKV] e Zika [ZIKV]) e ainda possuem uma potencial associação com a transmissão materno-fetal, gerando complicações fetais e neonatais. Esse trabalho objetivou avaliar o perfil epidemiológico de mulheres notificadas para DENV, CHIKV e ZIKV, bem como a ocorrência de anomalias congênitas no estado de Pernambuco entre 2015 e 2018, através dos sistemas de vigilância disponíveis. A consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) resultou em 5.851 casos confirmados para os três arbovírus em mulheres, incluindo 1.190 para DENV e 1.484 para CHIKV em gestantes, além de 3.177 para ZIKV sem informações sobre o período gestacional. Nas infecções por DENV e CHIKV a faixa etária mais prevalente foi entre 20-29 anos (49,4% e 49,6%, respectivamente), contrastando com ZIKV cuja prevalência foi maior nas mulheres acima de 40 anos (36,4%). Como local de residência, a Região Metropolitana do Recife (RMR) abrangeu o maior número de casos confirmados. Não houve diferença estatisticamente significativa nas notificações para DENV e CHIKV em gestantes comparando com o período gestacional. Dados sobre escolaridade estavam incompletos. A consulta ao Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP-Microcefalia) resultou em 454 casos confirmados de microcefalia. O maior percentual de casos de microcefalia (270, 59,5%) ocorreu no ano de 2015 e (404, 95,7%) foram detectados no terceiro trimestre gestacional. A consulta ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) resultou em 401.593 nascidos vivos, sendo que 1,1% possuíam algum tipo de anomalia congênita. As mais prevalentes foram no sistema osteoarticular (37,1%), nervoso (25%) e genital (10,5%). Observamos uma associação de anomalias congênitas com nascidos vivos prematuros (OR = 2,31; IC95% 2,16–2,48); idade materna superior a 40 anos (OR = 2,91; IC95% 2,51–3,37), gestações de gêmeos (OR = 1,61; IC95% 1,36–1,92), mulheres de etnia/cor preta (OR = 1,38; IC95% 1,22-1,57) e recém-nascidos do sexo feminino (OR = 0,80; IC95% 0,75-0,85). Quanto à completude das variáveis, houve uma baixa porcentagem de dados deixados em branco ou ignorados. Dada a importância de possíveis complicações causadas por arbovírus durante o período gestacional, sinalizamos a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância em saúde e sua capacidade de responder prontamente a novos surtos de agentes infecciosos emergentes. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34203 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Biologia Aplicada à Saúde |
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