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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34215

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Título: Família e leitura : a construção de práticas leitoras em meios populares
Autor(es): SILVA, Fabiana Cristina da
Palavras-chave: Letramento – Aspectos sociais; Leitura; Leitura – Estudo e ensino; UFPE - Pós-graduação
Data do documento: 28-Dez-2017
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Esta pesquisa teve como objetivo principal compreender as práticas de leitura de famílias cujos pais têm baixa escolarização, no processo de construção de filhos e filhas leitores. Teve como objetivos específicos identificar os conhecimentos dos membros da família em relação à leitura; analisar as práticas de letramento vivenciadas pelas famílias estudadas; identificar os materiais impressos e os manuscritos presentes nos diferentes espaços aonde as famílias circulavam ao longo do processo de formação de seus filhos e filhas, bem como os usos que deles se faziam, além de mapear a existência ou não de bibliotecas pessoais. Para compreender a relação entre Família e Leitura, objeto de estudo desta tese, é importante considerar a existência de uma ligação bastante estreita deste objeto com diversos campos do conhecimento, como a Linguagem, a Sociologia, a História da Leitura e a Educação. Na metodologia, baseada nos estudos de Lahire (1997; 1998; 2004), construímos dois perfis familiares, utilizando a entrevista como o principal instrumento de pesquisa. Duas famílias de meios populares, cujos pais tinham nenhuma ou baixa escolarização e cujos filhos e filhas obtiveram uma longevidade escolar, são os sujeitos desse estudo. A família Rocha Cordeiro é composta de pai, mãe e quatro filhos. Já a família Silva é composta por pai, mãe e doze filhos. São, no total, vinte sujeitos, com quem realizamos 22 entrevistas. Os resultados apontaram para três fases importantes no desenvolvimento das práticas de leitura dessas famílias: a infância, a juventude e os resultados dessa formação na vida adulta. Essas práticas aconteciam em espaços diversos: casa, igreja, escola, biblioteca, entre outros. Na família Rocha Cordeiro, percebemos o forte investimento dos pais e a influência da religião na construção dessas práticas de leitura. As formas como esses filhos e filhas se apropriaram da leitura estão diretamente relacionados ao “contexto de produção, marcados por valores” das instituições nas quais estavam inseridos, ou seja, família e igreja. No que diz respeito às práticas de leitura em relação a cada etapa da vida, observamos que a infância, de forma mais preponderante com o esforço diário da mãe, e a juventude, quando se ampliou o universo literário, são as principais fases na construção dessas práticas. Na família Silva, constatamos o investimento dos pais e a influência dos filhos e filhas mais velhos na construção de uma rede de sustentabilidade em prol da escolarização e das práticas de leitura, além da importância da escola. Os esforços realizados pela família revelaram um conhecimento de que a leitura era o caminho para a não continuidade da sua condição de vida e de trabalho e, desse modo, desenvolveram uma forte mobilização familiar para que seus filhos e filhas desenvolvessem habilidades leitoras, sobretudo, para favorecer e ampliar os bons resultados no processo de escolarização. O estudo de famílias como essas nos possibilita compreender melhor a formação de leitores nos meios populares, cujas instâncias principais de inserção nas práticas de leitura na infância e na juventude são a família, a igreja e a escola.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34215
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Educação

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