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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37923
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Título : | Jogo de cartas : a narrativa epistolar em livros, hipertextos e videojogos |
Autor : | OLIVEIRA, Joanita Baú de |
Palabras clave : | Carta; Narrativa; Romance; Hipertexto; Videojogo |
Fecha de publicación : | 5-mar-2020 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | OLIVEIRA, Joanita Baú de. Jogo de cartas: a narrativa epistolar em livros, hipertextos e videojogos. 2020. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
Resumen : | A presente tese aborda a construção de narrativas contemporâneas que, embora incorporem a forma do romance epistolar, possuem estreita relação com as mídias eletrônicas, sendo, portanto, chamadas de e-pistolares. Ressalta-se que a tradição de compor obras literárias através de cartas atingiu seu auge no século XVIII, quando o hábito de trocar correspondências se tornou comum entre o público leitor. Nesse período, os escritores utilizavam a carta para conferir status de narrativa verídica ao romance, assim como recurso para representar a subjetividade dos personagens. Mas, já no século seguinte, mediante o surgimento de novas técnicas de escrita literária, o uso da técnica de narrar através de cartas entrou em declínio. O posterior advento das comunicações eletrônicas e digitais, como telefones, telegramas, e-mails e chats, corroborou para que, no final do século XX, o romance epistolar passasse a ser considerado como gênero em extinção. Contudo, nos últimos anos, é perceptível a presença de cartas e outros gêneros vinculados à escrita de si em obras de literatura eletrônica. Diante desse cenário, investigaram-se as razões que justificam o uso de cartas em hipertextos e jogos eletrônicos e, também, o modo como as características do gênero carta e do romance epistolar afetam e são afetadas pelas características próprias das narrativas interativas. Para tanto, realizou-se levantamento e estudo prévio de materiais bibliográficos nas áreas de teoria da literatura, romance epistolar, narratologia, ludologia e literatura eletrônica, a fim de identificar as funções da carta dentro de gêneros ficcionais, assim como as características próprias das narrativas epistolares e das narrativas interativas. À luz dessas teorias, desenvolveu-se a análise das obras epistolares impressas Lettres portugaises (1669), Les liaisons dangereuses (1782) e Novas cartas portuguesas (1972), dos hipertextos 13 minutes of light (2014) e First draft of the Revolution (2012) e dos videojogos Dear Esther (2012) e Gone home (2013). Ao final das análises constatou-se que os romances epistolares compartilham diversas características com as ficções interativas, mas, enquanto nas narrativas epistolares a história é construída exclusivamente através de cartas e outros gêneros verbais, nas narrativas e-pistolares, imagens, sons e movimentos também colaboram na construção do enredo e no desenvolvimento da interatividade. Ainda assim, as ficções eletrônicas têm usado as cartas de forma muito similar ao romance epistolar, tornando-as elemento para construção da narrativa, para representação da subjetividade dos personagens e para o enredamento do leitor/jogador. Por conseguinte, torna-se notório que os desenvolvedores de ficções eletrônica têm buscado dialogar com a tradição literária impressa, na tentativa de encontrar velhas soluções para novos problemas narrativos. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37923 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Teoria da Literatura |
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