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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38440

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Título: Uma quimera do desenvolvimento : análise das contradições do ProSAVANA em Moçambique
Autor(es): NASCIMENTO, Ana Caroline Neves
Palavras-chave: Agroindústria – Nampula (Moçambique); Relações econômicas internacionais; Cooperação internacional – Aspectos sociais
Data do documento: 28-Fev-2020
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: NASCIMENTO, Ana Caroline Neves. Uma quimera do desenvolvimento: Análise das contradições do ProSAVANA em Moçambique. 2020. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Abstract: Esta dissertação analisa as contradições da atuação dos megaprojetos contemporâneos no Corredor de Nacala, particularmente, do Programa de Cooperação Tripartida para o Desenvolvimento Agrícola da Savana Tropical em Moçambique (ProSAVANA). Considerado o maior megaprojeto de desenvolvimento agrícola em Moçambique, foi iniciado em 2011 como resultado de uma cooperação trilateral entre os governos do Japão, Brasil e Moçambique. Como recurso metodológico, lançou-se mão do estudo teórico-conceitual; pesquisa documental; e pesquisa de campo, que consistiu na realização de entrevistas semiestruturadas com representantes de organizações da sociedade civil. Aborda-se as contradições do desenvolvimento no contexto das estratégias geopolíticas de expansão dos megaprojetos, impulsionados pelas grandes empresas multinacionais que, para competirem no mercado internacional, promovem a exploração predatória das riquezas naturais e da abundante, barata e desprotegida força de trabalho africana. No caso de Moçambique, paralelamente ao fim do regime socialista de partido único, o país passou a adequar seu cenário jurídico-legal aos interesses dos investidores na década de 1980, introduzindo reformas neoliberais e abrindo as portas aos elevados fluxos de investimento externo na forma de megaprojetos. O ProSAVANA deve ser compreendido no contexto da crise global de alimentos que fomentou a intensificação da corrida pelas terras de países periféricos, sobretudo africanos, e da emergência de uma nova dinâmica nas relações político-econômicas “Sul-Sul”, com o protagonismo de países economicamente poderosos do Sul global, como o Brasil, que também impulsionaram a demanda pelas commodities para suprir as necessidades de consumo crescente. Nessa perspectiva, compreende-se que se trata de um megaprojeto de caráter exploratório, marcado pela submissão da agricultura familiar à agricultura comercial de larga escala que prioriza a exportação. Corrobora-se com os estudos recentes que têm apontado que, independentemente do contexto no qual os megaprojetos são implementados, há uma lógica similar de contradições que permeiam esses fenômenos, como o caráter transformacional dos megaprojetos, falta de transparência; falta de participação pública; falta de informação (e desinformação); violação de práticas estabelecidas de boa governança; manipulações; relações top-down; sociedade civil cética ou negativa, posicionando-se e mobilizando-se contra sua implementação; e processo de espoliação da terra e expulsão das comunidades locais, que gera o aprofundamento da vulnerabilidade dessas comunidades, desigualdades socioeconômicas e conflitualidades – que ganham um caráter mais violento nos países periféricos.
Descrição: SOUZA, Marco Antônio Mondaini de​, também é conhecido em citações bibliográficas por: ​MONDAINI, Marco
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38440
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Serviço Social

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