Skip navigation
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41514

Comparte esta pagina

Registro completo de metadatos
Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.advisorALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de-
dc.contributor.authorMACHADO, José Wellington de Oliveira-
dc.date.accessioned2021-11-04T15:57:48Z-
dc.date.available2021-11-04T15:57:48Z-
dc.date.issued2021-07-01-
dc.identifier.citationMACHADO, José Wellington de Oliveira. As Artes de pintar e as artes de se pintar: lembranças e esquecimentos sobre Márcia Maia Mendonça, uma artista transexual católica. 2021. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41514-
dc.description.abstractEsta pesquisa tem como foco as corpografias de uma artista transexual católica. As carnes que saíram do parto em 1949 ganharam próteses sociais e culturais que ajudaram a construir os corpos, as artes e a subjetividade de Márcio e Márcia Mendonça. Mas, nunca existiu unidade, homogeneidade ou coesão nesses sujeitos, o que havia eram vários corpos, diversas artes e muitas subjetividades, porque tanto ele como ela transitavam entre a tradição e a transgressão, fazendo, desfazendo e refazendo a existência. A composição dos corpos e subjetividades dependia das conexões, dos encontros com outros corpos, sejam eles de carne, de tinta, de gesso, de barro, de madeira, de cimento, de sons, de palavras, de ideias, etc. Existiram vários partos e muitas mesas de operação ao longo de sua vida. As suas carnes foram operadas pela sociedade e pela cultura, através das roupas, dos calçados, dos brinquedos, das tintas, dos quadros, dos painéis, dos desenhos, do piano, do violão, do cinema, das esculturas e das arquiteturas. O corpo foi sendo montado, desmontado e remontado através da mãe, do pai, do padrinho, da madrinha, das vizinhas, dos cinemas, da Escola de Belas Artes de Recife, do Mosteiro de São Bento de Olinda, dos conventos, das missões, dos frades capuchinhos, dos índios Kanelas, da contracultura, do catolicismo popular e das artes. O seu corpo não era feito apenas de hormônios, silicone ou de operações legais e ilegais. Ela nasceu através dos encontros com as travestis e as transexuais de Fortaleza, de São Paulo e de Paris, com os corpos que conheceu nas ruas, na TV, nas revistas e nos jornais. Não se montou apenas com vestidos, calçados e maquiagens, a sua pele estava coberta de tinta, de barro, de madeira, de colares, de terços, de hábitos religiosos e não religiosos. Ela nasceu através das idealizações de uma cultura afrancesada, do contato com as ruas e com os rios de Limoeiro do Norte e Paris, com as catedrais do Brasil e da Europa, com as exposições de arte, com os carnavais, com os cabarés de Montmartre, com Pigalle e com o Bosque de Bolonha. Ela montava-se através dos cusquenhos, do Cine Jangada, da Boate Casa Blanca, do canto gregoriano, das músicas clássicas, da MPB, da música internacional e do forró. Esse corpo diverso, múltiplo, nômade, foi enquadrado pelas memórias pré-mortes e pós-mortes, que cristalizaram e engessaram uma identidade, a de pintor sacro.pt_BR
dc.description.sponsorshipFACEPEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.subjectArtept_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectTransexualidadept_BR
dc.subjectCatolicismopt_BR
dc.subjectMendonça, Márcia Maiapt_BR
dc.titleAs Artes de pintar e as artes de se pintar : lembranças e esquecimentos sobre Márcia Maia Mendonça, uma artista transexual católicapt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6168859968021788pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7585947992338412pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Historiapt_BR
dc.description.abstractxThis study aimed to investigate the corpographies of a Catholic transsexual artist. The flesh that came out of childbirth in 1949 gained social and cultural prostheses that helped build the bodies, the arts, and the subjectivity of Márcio and Márcia Mendonça. Hosever, there was never unity, homogeneity or cohesion between these subjects. Instead, there were several bodies, several arts and multiple subjectivities, because both he and she transitioned between tradition and transgression, doing, undoing and re-creating existence. The composition of bodies and subjectivities depended on the connections and the encounters with other bodies - whether made out of flesh, paint, plaster, clay, wood, cement, sounds, words, ideas, etc. There were several births and many operating tables throughout their life. Their flesh was operated on operated by society and culture, through clothes, shoes, toys, paints, paintings, panels, drawings, piano, guitar, cinema, sculptures and architectures. Márcio's body was assembled, disassembled and reassembled by his mother, father, godfather, godmother, neighbors, cinemas, the School of Fine Arts of Recife, the Monastery of São Bento De Olinda, convents, missions, Capuchin friars, Kanelas Indians, counterculture, popular Catholicism and the arts. The same thing happened to Márcia, the only difference being that her body was not made only of hormones, silicone or legal and illegal operations. She was born out of encounters with transvestites and transsexuals from Fortaleza, São Paulo and Paris, from the bodies she met on the streets, on TV, in magazines and newspapers. She did not come together only with dresses, shoes and makeup, her skin was covered in paint, clay, wood, necklaces, rosaries, religious and non-religious habits. She was born through the idealizations of a "Frenchified" culture, in touch with the streets and the rivers of Limoeiro do Norte and of Paris, with the cathedrals of Brazil and Europe, with art exhibitions, with the carnivals, with the cabarets of Montmartre, with Pigalle and with the Bosque of Bologna. She came together with the help of the Cusquenhos, Cine Jangada, the Casa Blanca nightclub, Gregorian chant, classical music, MPB, international music and forró. This diverse, multiple, nomadic body was framed by premortem and postmortem memories, which crystallized and typecast the identity of Márcio and Márcia Mendonça as that of a painter of the sacred.pt_BR
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - História

Ficheros en este ítem:
Fichero Descripción Tamaño Formato  
TESE José Wellington de Oliveira Machado.pdf6,47 MBAdobe PDFVista previa
Visualizar/Abrir


Este ítem está protegido por copyright original



Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons Creative Commons