A utilização de recursos energéticos restritos e não restritos: implicações econômicas e análise empírica da organização para cooperação e desenvolvimento econômico.

Abstract

No presente cenário de desenvolvimento mundial a preocupação em relação às fontes de energias a serem utilizadas por cada país tornou-se de suma importância, devido à relação existente entre o uso de energia e o progresso de cada país. Nesse sentido, faz-se necessário analisar qual o tipo de energia será alvo de investimento por parte de cada país. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a eficiência, do ponto de vista econômico, da produção de energia proveniente das fontes não restritas e restritas nos países membros da OCDE e dos seus parceiros-chave, tendo como corte temporal os anos de 1973 a 2012. Para realização de tal análise é considerado o modelo de crescimento econômico ótimo apresentado em Oliveira (2010) que estabelece a existência de uma relação entre a produtividade marginal das energias restrita e não restrita, de forma que o que vai definir qual das duas é mais eficiente é a razão entre as produtividades marginais das energias não restrita e restrita multiplicado pelo inverso da função de ponderação da extração de recursos restritos. Por fim, é realizada a análise empírica deste resultado para os países alvos de estudo, onde se tem como resultado que é mais eficiente se utilizar energia proveniente de fontes não restritas na África do Sul, Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Indonésia, Índia, Irlanda, Japão, México, Noruega, Portugal, Reino Unido e Suécia, enquanto mostrou-se mais eficiente a utilização de energia proveniente de fontes restritas no Peru, além da verificação de que no caso dos demais países para se tomar a decisão de em que tipo de energia se deve investir, é necessário se ter conhecimento do valor da função de ponderação de extração de recursos restritos.