Avaliação peri-implantar : ensaio clínico em diabéticos e avaliação com TCO em estudo de caso ex vivo

Abstract

Os trabalhos de pesquisa que resultaram na tese tiveram como objetivo avaliar a região peri-implantar, sendo dividido em propor a Tomografia de Coerência Óptica (TCO) para avaliar esta região, sendo realizado análise descritiva através de um estudo de caso ex vivo; e em avaliar atra-vés de um estudo prospectivo a região periimplantar em pacientes diabéticos reabilitados com coroas metalo-cerâmicas após um ano em função. No primeiro artigo foi realizado um estudo de caso ex vivo, do tipo descritivo e com dados de natureza qualitativa. Foi utilizada uma mandíbula de origem suína, na qual foram instalados 4 implantes Tissue Level Straumann (4.1 x 8mm). O procedimento cirúrgico foi realizado por profissional habilitado e a mandíbula submetida a avali-ação com TCO e Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Como resultado, foi observado que a TCFC contribui indicando a correta angulação do implante e se há riscos ou não de atingir alguma estrutura importante. A TCO revelou detalhes microestruturais dos tecidos periodontais, fornecendo informações para controlar o volume ósseo ao redor do implante, bem como observar estruturas periodontais que podem estar associadas a processos patológicos. Assim, concluiu-se nessa primeira etapa que a TCO permite uma excelente qualidade de imagem, com precisão de detalhes e medidas das estruturas. Na segundo artigo foi realizado um estudo clínico prospectivo o qual teve como objetivo avaliar a região periimplantar de implantes dentários com diferentes tratamentos de superfície instalados em região posterior de mandíbula de pacientes com e sem diabetes tipo 2 por meio de avaliação clínica e radiográfica. Baseado em cálculo amostral, 20 indivíduos fizeram parte do estudo e foram divididos em 2 grupos (n=10): Controle, indivíduos com HbA1c < 6,5%; Teste, HbA1c ≥ 6,5%. Cada paciente recebeu 2 implantes, sendo um implante SLA® e um SLActive, avaliando número de faces com sangramento gengival, hábitos parafuncionais, presença de exudato inflamatório, faixa de tecido queratinizado, profundidade de sondagem, perda óssea e presença ou ausência de antagonista após 1 ano do procedimento cirúrgico. De acordo com os resultados, pacientes com diabetes não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) das condições clínicas e radiográficas da região peri-implantar em região posterior de mandíbula em relação aos pacientes controle, independente do tipo de superfície de implante utilizado. Assim, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos nos parâmetros clínicos avaliados. Dessa forma, pode-se concluir nessa segunda etapa que os pacientes com ou sem diabetes não apresentaram diferenças significativas das condições clínicas e radiográficas da região peri-implantar em região posterior de mandíbula independente da superfície de implante instalado.