Qualidade da educação: uma análise da valorização do profissional da educação no Brasil como vetor do crescimento econômico.

Abstract

A análise da educação como impulsionadora do crescimento econômico se intensificou a partir do final dos anos de 1950 principalmente com a introdução do capital humano nos modelos econômicos, através dos estudos de Schultz (1961), Becker (1962), Mincer (1974) e Lucas (1988). Na busca de analisar a educação sob a ótica qualitativa como os estudos de Hanushek e Woessmann (2012) e Luz (2015), o atual estudo faz uso de variáveis que possam ajudar a entender melhor as possíveis falhas que sinalizam afetar o desempenho educacional do país nas avaliações de nível internacional e nacional. Diante dessa perspectiva, é importante ressaltar que vários estudiosos do tema corroboram que a qualidade da educação de um país é muito influenciada pelos professores, que se desvalorizados, não possuem incentivos e nem condições de trabalho para executarem um trabalho eficiente. Nesse sentido, o objetivo do atual estudo está em analisar a qualidade da educação a partir da valorização do profissional da educação no Brasil como vetor do crescimento econômico. Para tanto fará uso de dados do PISA e IDEB na medição da qualidade do ensino nacional, IBGE para os dados econômicos sobre o desempenho da economia e do movimento Todos Pela Educação para a análise do docente da educação básica em relação à sua profissão. Diante disso, se constatam que os docentes revelam um sentimento que sua profissão é muito pouco valorizada no país. Tal fato pode ser visto pela fragilidade de aprendizagem dos alunos quando são submetidos a avaliações de desempenho. O cenário se mostra extremamente preocupante, pois essa realidade tende a um círculo vicioso, ou seja, baixa eficiência na educação resulta em níveis fracos do capital humano e, consequentemente reduz a capacidade produtiva, constituindo fraco desempenho econômico apresentado pela nação.