O programa de educação integral de Pernambuco avaliado por seus docentes e discentes.

Abstract

Esta monografia, apresentada ao curso de Física Licenciatura, expõe dados conclusivos a partir de duas pesquisas de Iniciação Científica. Em geral, buscou-se analisar como os docentes e discentes do Ensino Médio e integrantes dos Programa de Educação Integral (PEI), criado a partir da aprovação da Lei Complementar Nº 125 de 2008 no estado de Pernambuco, estão avaliando o desenvolvimento do projeto em suas respectivas escolas. O tema em questão foi escolhido devido aos destaques que o estado ganhou nos últimos anos por ter um dos melhores sistemas educacionais do país segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). As referências teóricas que utilizamos para compreender os temas abordados na pesquisa são: Bardin (2002), Brooke (2006), Cavaliere (2002), Costa (2008), Frigotto e Ciavatta (2011), Guará (2006), Mizukami (1986), Magalhães (2008), Mancebo (2007), Morgan (1997), Santos (2015), Teixeira (1957), Veloso (2009) e etc. Em seguida, foram feitas análises de alguns documentos, trazidos em anexo, que tratam da educação integral em Pernambuco para posteriormente ir a campo. Na primeira parte da pesquisa foram escolhidas uma Escola Técnica Estadual (ETE) e uma Escola de Referência (EREM) ambas pertencentes ao programa. O público alvo da pesquisa foram os professores e a metodologia utilizada foi a entrevista semiestruturada, para Manzini (1990/1991, p.154) a técnicas focaliza em um assunto e deste elabora-se um roteiro. Na segunda parte da pesquisa, escolheu-se apenas uma Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) e dessa vez o público alvo escolhido foram os discentes e a metodologia utilizada foi a de Grupo Focal, que para Kitzinger (2000) e Morgan (1997) é um método de entrevistar grupos. Em geral, foi possível concluir que os sujeitos participantes das pesquisas não concordam que o Estado de Pernambuco tenha realmente um dos melhores Ensino Médio do País, considerando o ranking do IDEB. Consideram que há uma ênfase maior na produção desses resultados do que no investimento em uma melhor qualidade da educação. No entanto, por outro lado, consideram que as escolas vinculadas ao PEI, em relação ao vivenciado nas escolas que não fazem parte do Programa, possuem melhores condições de trabalho e estudo, o que contribuem para uma melhoria da educação do Estado.