A (re) significação dos saberes matemáticos a partir da formação continuada de professores: o pacto nacional pela alfabetização na idade certa.

Abstract

A pesquisa tem como objeto de estudo, a Educação Matemática no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, tendo em vista as novas tendências no ensino da Matemática assim, a questão norteadora é como a Formação de professores ofertada pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), contribui para a (re)significação dos saberes matemáticos do docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Temos como objetivo geral compreender as contribuições da formação do PNAIC para a (re)significação dos saberes matemáticos do docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O nosso referencial teórico está fundamentado em D’Ambrosio (1996; 2012), Skovsmose (2012), Lins (2004) e os Parâmetros Curriculares de Matemática, para tratar da Educação Matemática, para discutir Formação de professores, dialogamos com Pimenta (1999), Nacarato; Paiva (2008), Tardif (2007), além de documentos oficiais que normatizam o PNAIC no Brasil, e o diálogo sobre Reflexividade, trazemos Schön (2008), Pimenta (1999), Bondía (2002) e os Referenciais para formação de professores (2002). A nossa abordagem é qualitativa, e utilizamos o questionário para a definição de nossos participantes onde, cinco professoras alfabetizadoras atenderam aos requisitos pré-estabelecidos. Para a coleta e produção de dados, fez - se necessário à entrevista semiestruturada, tendo em vista a consideração do indivíduo no exercício pleno da sua subjetividade. Sendo assim, as temáticas que emergiram foram: A Educação Matemática: traumas, estereótipos e superações; A Formação Continuada de Professores e a desconstrução e reconstrução da sua prática docente no ensino da matemática a partir do PNAIC e A Reflexividade como empoderamento do professor perante técnicas e fórmulas prontas no ensino da Matemática. Utilizamo-nos da análise de conteúdo, segundo Bardin (2011), através da análise temática, atribuindo sentidos através do diálogo dos autores com a fala das participantes inferindo sobre ele. Os dados revelam que a matemática do matemático vem sendo disseminada nas salas de aula como verdade absoluta ignorando o contexto social do professor e dos estudantes, causando medos e traumas que perpassam toda a sua formação. Percebe-se também a crescente demanda por outra forma de fazer matemática, aquela que está arraigada às práticas sociais, imbricada de sentidos e que dar voz às ruas e aos professores. Então, a formação continuada vem assumir esse papel de desenvolver com o professor novas possibilidades para as suas práticas docente e de ensino a partir da troca de experiências e através do que propõe o pacto nacional pela alfabetização na idade certa, que é a prática da reflexividade, socialização, colaboração e o engajamento. Considerando a prática da reflexividade um movimento em busca da constituição da identidade docente através da atitude de respeito da diversidade, da ética, da solidariedade e da humanização, que permite a (re)significação dos saberes matemáticos, concluindo que a formação continuada não é a única que possibilita isto, nem tão somente conseguirá isoladamente, porém é parte fundamental nesse processo de produção de conhecimentos.