Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47281

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorFARIAS, Salomão Alencar de-
dc.contributor.authorFARIAS, Miriam Leite-
dc.date.accessioned2022-10-27T11:35:26Z-
dc.date.available2022-10-27T11:35:26Z-
dc.date.issued2022-03-11-
dc.identifier.citationFARIAS, Miriam Leite. Remitologizando a negritude: identidade cultural e representações da consumidora negra brasileira. 2022. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47281-
dc.description.abstractO mito da democracia racial brasileira e a forma como esse fora sustentado por atores de mercado no século XX, faz com que ele possa ser interpretado como um mito mercadológico. Mitos de mercado são recursos culturais que atraem os consumidores para atividades de consumo ou marcas. Nesse caso, esse mito foi utilizado para sustentar uma determinada agenda ideológica, a qual visava localizar o Brasil em um contexto de nações progressistas com uma população mestiça, tropical e única no mundo. No entanto, esse mito, ao homogeneizar a população na condição de povo brasileiro, não permitia espaços para reivindicações de políticas identitárias da população descendente dos negros escravizados. Consequentemente, subjacente a esse contexto, estruturou-se uma hierarquia social em que os traços físicos e culturais da mulher branca descendente dos colonizadores europeus eram tidos como ideias, a figura da mulata apareceria no meio, representada de forma sexualizada, sendo relacionada a símbolos de uma identidade nacional, e, por último, estaria a mulher negra, tendo sua imagem relacionada a estigmas de submissão e não adequação aos padrões socialmente desejáveis. Nessa Tese, considerando esse contexto de formação identitária da mulher negra a partir da literatura e apoiada na ideia de identidade cultural de Stuart Hall, busquei compreender como essa identidade estaria sendo construída nos dias de hoje em plataformas de redes sociais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo com coleta de três fontes de dados: postagens de páginas de Instagram que abordavam temas sobre identidades negras no Brasil, entrevistas com criadores de conteúdo e entrevistas com consumidoras negras das páginas analisadas. Por meio da técnica de análise hermenêutica, compreendi que a identidade da consumidora negra brasileira, a partir dessas informações coletadas, pode ser diferenciada em quatro dimensões, são elas: naturalização da negritude, família afro centrada, poder, e comunidade fortalecida. Na constituição dessa identidade cultural, ocorre o processo de remitologização da negritude por meio de três mecanismos: o re-ancoramento da identidade cultural nas raízes africanas, a desconstrução de estigmas relacionados a mulher negra e o reposicionamento de papéis sociais. Ao final desse processo, é possível observar o surgimento de uma contra mitologia de mercado, a qual denomino Afro centrismo feminino.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPqpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsembargoedAccesspt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectConsumo (Economia) – Aspectos Sociais - Brasilpt_BR
dc.subjectNegras – Identidade racial – Brasilpt_BR
dc.subjectConsumidoraspt_BR
dc.titleRemitologizando a negritude : identidade cultural e representações da consumidora negra brasileirapt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5939809772419359pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3241878195485973pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Administracaopt_BR
dc.description.abstractxThe myth of Brazilian racial democracy and the way it was sustained by market actors and the Brazilian State in the 20th century makes it possible to interpret it as a marketing myth. Market myths are cultural resources that attract consumers to consumer activities or brands. In this case, this myth was used to defend a certain ideological agenda, which aimed to locate Brazil in a context of progressive nations with a mixed, tropical and unique population in the world. However, this myth, by homogenizing the population in the condition of Brazilian people, did not allow spaces for claims of identity policies of the descendant population of enslaved blacks. Consequently, underlying this context, a social hierarchy was structured in which the physical and cultural traits white woman descendant of European colonizers were taken as ideas, the figure of the mulatto would appear in the middle, represented in a sexualized way, being related to symbols of a national identity, and lastly, would be the black woman, having her image related to negative stigmas of submission, and not adapting to socially desirable standards. In this thesis, considering this context of identity formation of black women based on literature and supported by Stuart Hall's idea of cultural identity, I sought to understand how this identity is being constructed nowadays on social media platforms. To this end, qualitative research was carried out with the collection of three data sources: posts from Instagram pages that addressed themes about black identities in Brazil, interviews with content creators and black consumers of these analyzed pages. Through the technique of hermeneutic analysis, I understood that the identity of the black Brazilian consumer, from this collected information, can be differentiated in four dimensions, that are: naturalization of blackness, Afro-centered family, power, and strengthened community. In the constitution of this cultural identity, the process of remythologizing blackness occurs through three mechanisms: the re-anchoring of cultural identity in African roots, the deconstruction of stigmas related to black women, and the repositioning of social roles. At the end of this process, it is possible to observe the emergence of a counter-mythology of the market, which I call Afro-feminine centrism.pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Administração

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Miriam Leite Farias.pdf6,48 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons