Fatores associados a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo na cidade da Vitória de Santo Antão, Pernambuco

Abstract

Introdução: Atualmente, os índices de prevalência de AME ainda são muito baixos no país. O AME se configura como a prática de oferecer apenas o leite materno direto da mama ou ordenhado ao bebê exclusivamente até 6 meses, sem complementos como água, chás ou sólidos, com exceção de vitaminas, xaropes ou medicamentos. Existem muitos fatores que podem influenciar nessa interrupção precoce, como fatores socias, demográficos, econômicos e clínicos. Objetivos: O presente estudo teve o objetivo de investigar os fatores que influenciam na interrupção do aleitamento materno exclusivo no município da Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Metodologia: O estudo é do tipo transversal, de caráter quantitativo e foi desenvolvido no município da Vitória de Santo Antão com todas as crianças menores de 6 meses, a partir de um banco de dados de uma pesquisa já existente com aprovação do comitê de ética. A coleta dos dados, foi realizada através de um questionário, aplicados por entrevistadores capacitados no ano de 2017. Resultados: A família das crianças, majoritariamente, morava em área urbana, tinham de 4-5 pessoas por domicílio e possuíam renda familiar de até 1 salário mínimo. Houve prevalência na amostra de mães que não trabalhavam, que possuíam cadastro no Programa Bolsa Família e com idade de 19 a 30 anos; já as crianças, tinham média de idade de 3 a 6 meses. Todas as mães fizeram pré-natal, e com número de consultas pré-natais igual ou maior que 7, realizadas na Estratégia Saúde da Família, e eram multíparas. Enquanto, as crianças, na maioria, nasceram com idade gestacional a termo e de parto natural. A prevalência da prática de AME foi de apenas 26,9% e as variáveis com associação estatísticas significantes com a interrupção precoce ao AME foram: idade materna e paridade. Conclusão: Fica evidente que a prevalência de AME de crianças de até 6 meses em Vitória de Santo Antão ainda é muito baixa. Dessa forma, é imprescindível que haja a intervenção de políticas públicas, assim como a intensificação de orientações nos cuidados pré-natais acerca das informações sobre o aleitamento materno exclusivo.