Impacto do exercício físico sobre os mecanismos moleculares do estresse oxidativo envolvidos na depressão

Abstract

A depressão é uma doença multifatorial associada tanto a alterações fisiológicas como comportamentais dos indivíduos, não sendo bem elucidados sobre medidas de cunho não farmacológico para o combate à doença. O exercício físico vem ganhando destaque como tratamento profilático não farmacológico, sendo associado a muitas melhorias em relação à inflamação, sinalização de receptores ou processos de neurotransmissão, como também a regulação do balanço oxidativo. Desequilíbrios no balanço oxidativo pode resultar em um quadro de estresse celular, podendo estar relacionados com o aumento da oxidação proteica e peroxidação lipídica. Este trabalho consiste numa revisão narrativa com o objetivo de identificar a relação do exercício físico com o balanço oxidativo e a associação da atividade neuronal em modelos de depressão animal e em pesquisas com humanos. A metodologia se deu por pesquisa nas bases de dados do Pubmed e ScienceDirect onde foram obtidos 4 artigos sendo 50% com pesquisa utilizando roedores e 50% com pesquisas com humanos. Os resultados mostraram que o exercício atenua os sintomas depressivos melhorando a atividade antioxidante do organismo, seja por via enzimática ou não enzimática, havendo redução da carbonização de proteínas e aumento da atividade da GSH e SOD. Concluímos neste estudo que o exercício traz benefícios positivos para indivíduos depressivos podendo até diminuir o uso de terapia farmacológica.