Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49340

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorOLIVEIRA, Raquel Santos-
dc.contributor.authorFONTE, Flávia Gomes Fernandes da-
dc.date.accessioned2023-03-13T15:47:02Z-
dc.date.available2023-03-13T15:47:02Z-
dc.date.issued2022-12-06-
dc.identifier.citationFONTE, Flávia Gomes Fernandes da. Organizações sociais da saúde em Pernambuco : uma análise das ações de controle interno da SES/PE sobre os instrumentos contratuais (2009 - 2019). 2022. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49340-
dc.description.abstractA pesquisa explorou aspectos concernentes às ações de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco direcionada aos contratos de gestão estabelecidos com as Organizações Sociais da Saúde, considerando os desdobramentos desde a Reforma do Aparelho do Estado desencadeada nos anos de 1994/1995 e o cenário que se instala no estado de Pernambuco na última década. Nesse contexto, as Organizações Sociais sem fins lucrativos compõem um modelo dito de parceria entre Estado e sociedade, criado para absorver as atividades públicas não-estatais. Esse arranjo vem permitindo a retirada de normas e controles próprios do âmbito da administração pública ao flexibilizar a gestão com a justificativa de oferecer serviços com qualidade. No âmbito da saúde, o poder público, através do controle interno, tem o dever constitucional de fiscalizar os contratos de gestão com as Organizações Sociais da Saúde a fim de garantir a defesa do interesse público e prevenir irregularidades. Entretanto, convém considerar que pesquisas empíricas realizadas em âmbito nacional vêm demonstrando transferências expressivas de recursos financeiros concernentes a execução da prestação de serviços via Organizações Sociais da Saúde em um contexto de ações de controle interno ineficientes no âmbito do poder público, além de falta de comprometimento do poder público e das referidas entidades no que diz respeito à transparência dos instrumentos contratuais e sua prestação de contas. Analisar as ações de controle interno sobre os contratos de gestão estabelecidos entre as Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e as Organizações Sociais da Saúde para a administração da rede hospitalar do estado, no período de 2009 a 2019. Estudo descritivo e exploratório, que utiliza a abordagem quantitativa e qualitativa, fundamentado em fontes documentais e em dados secundários de domínio público. Os aspectos jurídico-legais sobre as Organizações Sociais da Saúde foram levantados nos âmbitos federal e estadual e na literatura sobre o tema. Os hospitais sob gestão de Organizações Sociais da Saúde foram caracterizados quanto à localização, estrutura e capacidade instalada. Na sequência, as Organizações Sociais da Saúde foram analisadas no tocante a sua origem, natureza jurídica e estatuto social. Os instrumentos contratuais estabelecidos entre a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e as Organizações Sociais da Saúde foram avaliados à luz da legislação vigente, nos níveis federal e estadual, cujos resultados foram analisados de forma interpretativa, contextualizada e crítica. Para essa análise, foram utilizados como referência os objetos contratuais, os prazos de vigência, as supressões e acréscimos financeiros e as metas assistenciais. O estudo observou que doze hospitais encontravam-se sob o modelo de gestão por Organizações Sociais da Saúde no período de 2009 a 2019 mediante 12 contratos e 159 termos aditivos estabelecidos pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e sete Organizações Sociais da Saúde. Essas sete entidades são filantrópicas, contratadas a partir de processos de seleção pública, possuem sede em Pernambuco, sendo duas de origem religiosa e uma participante do sistema privado da saúde. Na análise instrumentos contratuais, os resultados evidenciaram a inobservância de preceitos legais de parte dos responsáveis pelo controle interno dos contratos de gestão, seja no estabelecimento desses, seja na formalização dos respectivos termos aditivos. Além disso, é possível afirmar que o poder executivo em Pernambuco não evitou a reincidência de faltas administrativas que vão de encontro à legislação em vigor tais como a existência de objetos de teor genérico, termos aditivos em desacordo ao objeto do contrato, a prática da quarteirização de serviços, acréscimos financeiros e prorrogações de vigência acima do previsto em lei. Nesse contexto, o deficiente processo de monitoramento pelas instâncias competentes vem resultando em crescente transferência de recursos financeiros para empresas privadas e favorecimento de interesses mercadológicos. Esse estudo evidenciou que simultaneamente à tendência expansionista de práticas do modelo de gestão por Organizações Sociais da Saúde se fazem presentes distorções inquestionáveis no processo de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, que não vem garantindo a defesa do interesse público. Desse modo, o aumento de entidades filantrópicas qualificadas como Organizações Sociais da Saúde com contratos de gestão, vem possibilitando a transferência expressiva de parcelas do fundo público a essas empresas privadas, mesmo quando irregularidades são apontadas e reiteradas pelos órgãos de controle externo. A atuação da sociedade enquanto controle social sobre a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelas Organizações Sociais da Saúde deve se fazer presente e fortalecida, sempre, nos espaços representativos de defesa do interesse público.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectOrganizações sem Fins Lucrativospt_BR
dc.subjectRegulação e Fiscalização em Saúdept_BR
dc.subjectGestão em Saúdept_BR
dc.subjectPrivatizaçãopt_BR
dc.subjectSistema Único de Saúdept_BR
dc.titleOrganizações sociais da saúde em Pernambuco : uma análise das ações de controle interno da SES/PE sobre os instrumentos contratuais (2009 - 2019)pt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.advisor-coMORAIS, Heloísa Maria Mendonça de-
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2823788991873380pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7819432947000604pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Saude Coletivapt_BR
dc.description.abstractxThe research explored aspects concerning the Pernambuco State Health Department internal control actions directed to the management contracts established with Social Health Organizations, considering the developments since the Apparatus State Reform triggered in the 1994/1995 years and the scenario that settles in the Pernambuco state in the last decade. In this context, non-profit Social Organizations make up a so-called model of partnership between State and society, created to absorb non-state public activities. This arrangement has allowed the removal of rules and controls specific to the scope of public administration by making more flexible management with the justification of offering quality services. In the field of health, the public power, through internal control, has a constitutional duty to inspect management contracts with the non-profit Social Organizations in order to guarantee the defense of the public interest and prevent irregularities. However, it should be considered that empirical research carried out at the national level has demonstrated significant transfers of financial resources concerning the execution of the provision of services via Social Health Organizations in a context of inefficient internal control actions within the scope of the public power, in addition to a lack of commitment of the public authorities and the aforementioned entities with regard to the transparency of contractual instruments and their accountability. To analyze the internal control actions on the management contracts established between the Pernambuco State Health Department and Social Health Organizations for state hospital administration, from 2009 to 2019. Descriptive and exploratory study, which uses a quantitative and qualitative approach, based on documentary sources and secondary data in the public domain. The legal aspects of Social Health Organizations were raised at the federal and state levels and in the literature on the subject. Hospitals managed by Social Health Organizations were characterized in terms of location, structure and installed capacity. Subsequently, the Social Health Organizations were analyzed in terms of their origin, legal nature and social status. The contractual instruments established between the Pernambuco State Health Department and the Social Health Organizations were evaluated in light of current legislation, at the federal and state levels, whose results were analyzed in an interpretive, contextualized and critical way. For this analysis, the contractual objects, the terms of validity, the deletions and financial additions and the assistance goals were used as reference. The study observed that twelve hospitals were under the management model by Social Health Organizations from 2009 to 2019 through 12 contracts and 159 additive terms established by the state secretaria and seven Social Health Organizations. These seven entities are philanthropic, hired through public selection processes, headquartered in Pernambuco, two of which are of religious origin and one is a participant in the private health system. In the contractual instruments analysis, the results showed the non- observance of legal precepts on the part of those responsible for the internal control of management contracts, whether in the establishment of these, or in the formalization of the respective addendum terms. In addition, it is possible to affirm that the Pernambuco executive power did not prevent the recurrence of administrative faults that go against the legislation in force, such as the existence of objects of a generic content, additive terms in disagreement with the object of the contract, the practice of quartierization of services, financial additions and extensions of validity above that provided for by law. In this context, the deficient monitoring process by the competent institutions has resulted in an increasing transfer of financial resources to private companies and favoring market interests. This study showed that, simultaneously with the expansionist tendency of practices of the management model by Social Health Organizations, unquestionable distortions are present in the process of internal control by the Pernambuco State Health Department, which has not been guaranteeing the defense of the public interest. Thus, the increase in philanthropic entities qualified as Social Health Organizations with management contracts has made it possible to transfer significant portions of the public fund to these private companies, even when irregularities are pointed out and reiterated by external control institutions. The role of society as social control over the efficiency and quality of services provided by Social Health Organizations must always be present and strengthened in representative spaces for the defense of the public interest.pt_BR
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/6121245263471035pt_BR
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Saúde Coletiva

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO Flávia Gomes Fernandes da Fonte.pdf1,71 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons