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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50358

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dc.contributor.advisorOLIVEIRA, Anna Luiza Araújo Ramos Martins de-
dc.contributor.authorAGUIAR, Bárbara Gomes Fernandes de-
dc.date.accessioned2023-05-19T12:12:47Z-
dc.date.available2023-05-19T12:12:47Z-
dc.date.issued2023-01-24-
dc.identifier.citationAGUIAR, Bárbara Gomes Fernandes de. “Conta pra mim”: a (re) produção de padrões de gênero, sexualidade e família no programa de literacia familiar do Ministério da Educação. 2023. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50358-
dc.description.abstractDesde o golpe parlamentar de 2016 e, especialmente, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o significante “educação” ganhou evidência em acirradas disputas discursivas, num cenário de contradições políticas e morais onde o recrudescimento do neoliberalismo e neoconservadorismo colocou em risco políticas curriculares pautadas nos direitos humanos, sexuais e reprodutivos. Estratégias visando a instalação de pânico moral foram mobilizadas em torno de falácias como a do ensino de uma suposta “ideologia de gênero” nas escolas e universidades; da ameaça à “família tradicional brasileira”, aos “bons costumes” e à “segurança das crianças e dos adolescentes”. Diversos estudos têm constatado a contundente presença de um ativismo religioso, seguido por grupos laicos ou não necessariamente confessionais, que encontram nessas falácias um artifício retórico de mobilização política. Vislumbra-se aí ofensivas reacionárias, originalmente de matriz católica e de caráter transnacional, que assumiram a conformação de “guerras culturais”. Nesse contexto de obscurantismo bélico, o movimento em prol da educação domiciliar (homeschooling) ganhou força e passou a influenciar decisões do Ministério da Educação (MEC). Este estudo discute as lógicas sociais de produção de padrões de gênero, sexualidade e família mobilizadas no “Programa de Literacia Familiar: Conta Pra Mim”, ligado à Política Nacional de Alfabetização (PNA). Parte do pressuposto que lógicas sociais são um sistema de regras ou gramática que sustenta determinadas práticas discursivas em espaços-tempos específicos. O corpus foi constituído por componentes do kit pedagógico oferecido pelo Programa e disponível no site do MEC. A pesquisa evidenciou que o “Conta pra mim” foi implementado num contexto de ausência de diálogo com as comunidades escolares, acadêmicas e a sociedade civil; pauta-se em representações limitadas da educação literária e aciona lógicas cisheteronormativas sobre família, sexualidade, gênero e relações entre as pessoas, configurando-se como violência simbólica e estratégia de esvaziamento do papel da escola. Sua implementação, entretanto, não se dá num contexto de resignação, evidenciando o caráter discursivo do social, a contingência difusa e múltipla do terreno político e o papel central de discursos opostos no processo de articulação e disputa de hegemonia no campo educacional.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectEducação domiciliarpt_BR
dc.subjectDiscursopt_BR
dc.subjectGênerospt_BR
dc.subjectSexualidadespt_BR
dc.subjectFamíliaspt_BR
dc.title“Conta pra mim” : a (re) produção de padrões de gênero, sexualidade e família no programa de literacia familiar do Ministério da Educaçãopt_BR
dc.typemasterThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4363148197419657pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6160820352802922pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Educacaopt_BR
dc.description.abstractxSince the 2016 parliamentary coup and, especially, during the administration of ex-president Jair Bolsonaro, the meaning of “education” has gained evidence in fierce discursive disputes, in a scenario of political and moral contradictions where the resurgence of neoliberalism and neoconservatism has put curricular policies at risk. based on human, sexual and reproductive rights. Strategies aimed at installing a moral panic were mobilized around fallacies such as teaching a supposed “gender ideology” in schools and universities; the threat to the “traditional Brazilian family”, to “good customs” and to the “safety of children and adolescents”. Several studies have confirmed the overwhelming presence of religious activism, followed by secular or non-confessional groups, who find in these fallacies a rhetorical device of political mobilization. Reactionary offensives can be seen there, originally of Catholic origin and of a transnational nature, which assumed the form of “cultural wars”. In this context of warlike obscurantism, the movement in favor of homeschooling gained strength and began to influence decisions by the Ministry of Education (MEC). This study discusses the social logics of production of standards of gender, sexuality and family mobilized in the “Family Literacy Program Tells Me”, linked to the National Literacy Policy (PNA). It starts from the assumption that social logics are a system of rules or grammar that sustains certain discursive practices in specific space-times. The corpus consisted of components of the pedagogical kit offered by the Program and available on the MEC website. The research showed that “Conta pra mim” was implemented in a context of lack of dialogue with school, academic and civil society communities; it is based on limited representations of literary education and triggers cisheteronormative logics about family, sexuality, gender and relationships between people, configuring itself as symbolic violence and a strategy of emptying the school's role. Its implementation, however, does not take place in a context of resignation, highlighting the discursive character of the social, the diffuse and multiple contingency of the political terrain and the central role of opposing discourses in the process of articulation and dispute for hegemony in the educational field.pt_BR
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