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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50375

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Título: Agricultura de corte-e-queima e a regeneração da floresta seca da Caatinga : implicações para resiliência ecológica
Autor(es): SOUSA, Jakelyne Suélen Bezerra de
Palavras-chave: Potencial regenerativo; Banco de sementes; Chuva de sementes; Agricultura de subsistência; Diversidade taxonômica
Data do documento: 16-Fev-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SOUSA, Jakelyne Suélen Bezerra de. Agricultura de corte-e-queima e a regeneração da floresta seca da Caatinga: implicações para resiliência ecológica. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: Os ecossistemas florestais estão cada vez mais ameaçados por atividades agrícolas insustentáveis que enfraquecem seu potencial regenerativo ao limitar fontes críticas de regeneração florestal, como o banco e a chuva de sementes. Este pode ser o caso da agricultura de corte-e-queima, um método agrícola amplamente difundido em florestas secas e que pode ameaçar a resiliência dos ecossistemas florestais ao reduzir o tamanho e a diversidade das comunidades de espécies no banco e na chuva de sementes. Para testar essa hipótese e promover práticas de manejo voltadas para a melhoria da recuperação florestal, nesta tese examinei, por meio de um experimento de agricultura de corte-e-queima, como essa prática agrícola impacta o banco e a chuva de sementes de plantas lenhosas na floresta da Caatinga, uma floresta tropical seca do nordeste do Brasil. Especificamente, 1) examinei os danos e viabilidade do banco de sementes, e a estrutura (densidade e diversidade) e composição (taxonômica e funcional) das assembleias do banco de sementes antes e depois da queima, e 2) a estrutura e composição da chuva de sementes em parcelas expostas à agricultura de corte-e-queima (ou seja, parcelas queimadas) e em parcelas de controle (floresta em pé) durante um período de um ano. Encontrei uma redução significativa na frequência e proporção de sementes intactas (não danificadas) após o fogo e uma diminuição de 3,6 vezes na proporção de sementes viáveis no banco de sementes. Enquanto a densidade de sementes permaneceu constante, a diversidade de espécies caiu drasticamente após o fogo, especialmente o número de espécies raras. A dissimilaridade composicional (diversidade β) entre as parcelas também diminuiu após o fogo, particularmente seu componente de substituição, levando à homogeneização das assembleias de sementes no espaço. A composição funcional das assembleias de sementes também foi alterada, aumentando a frequência relativa de espécies arbustivas após o fogo, especialmente espécies com frutos carnosos e dispersão biótica. Em relação à chuva de sementes, a densidade de propágulos foi reduzida 15 vezes nas parcelas queimadas em comparação com as parcelas florestais. A diversidade de espécies, particularmente o número de espécies raras, diminuiu nas parcelas queimadas. Finalmente, nenhuma diferença foi observada na composição taxonômica e funcional das assembleias de espécies na chuva de sementes. Dado que esses achados revelam um drástico empobrecimento do banco e da chuva de sementes em resposta a essa prática agrícola, a regeneração da Caatinga e provavelmente de outras florestas secas dependerá em grande parte de outras fontes de regeneração menos vulneráveis a essa prática agrícola como a rebrota de plantas - uma interessante linha de investigação para o futuro.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50375
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Biologia Vegetal

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