Aspectos que interferem na adesão a vacinação contra poliomielite no Brasil: uma revisão integrativa da literatura

Abstract

A Poliomielite é uma doença infecto contagiosa, conhecida popularmente como paralisia infantil. A enfermidade é classificada como um considerável problema de saúde pública e tem a vacina como único meio de prevenção, no entanto, para manter o vírus sob controle, necessita-se que os percentuais de Cobertura Vacinal (CV) estejam dentro da meta. O presente estudo teve como objetivo identificar os principais aspectos que interferem na adesão à vacinação contra poliomielite no Brasil. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, cuja coleta de dados foi realizada nas bases de dados: SCIELO e BVS através dos descritores “Poliomielite” (AND) “Cobertura Vacinal”; “Poliovírus” (AND) “Cobertura Vacinal”. Foram incluídos os artigos relacionados ao tema do estudo, disponíveis na íntegra, no idioma português e não houve delimitação quanto ao ano de publicação dos artigos. A amostra selecionada foi composta por 09 artigos. O estudo buscou responder à seguinte questão norteadora: Quais aspectos interferem na adesão à vacinação contra Poliomielite no Brasil? Diante disso, foi possível identificar diversos aspectos que aumentam a probabilidade de um indivíduo hesitar em comparecer à unidade de saúde em busca de imunizantes, como condições socioeconômicas precárias, ações inconsistentes de busca ativa e comunicação em saúde, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, instabilidades no sistema de informação e financiamento inadequado. Verificou-se também que a pandemia de COVID-19 pode ter sido um fator que contribuiu para a baixa adesão, sendo agravados pelas repercussões de fake news e as avenças com os movimentos antivacina. Algumas estratégias indicadas para aumentar a adesão à vacinação, foram: Ampliar as campanhas, bem como, incentivar a participação nos dias nacionais de vacinação; o fortalecimento das ações de educação em saúde e busca ativa vinculadas as potencialidade do ACS; a valorização do financiamento do SUS e o papel da assistência equitativa, assim como, a visibilidade da vigilância no monitoramento da doença. Salienta-se a relevância do revigorar a APS e seu enfoque no território, capaz de conscientizar a população sobre a vacinação e reforçar suas contribuições para a saúde coletiva.