A precarização do trabalho do assistente social na política de saúde sob a pandemia

Abstract

Esta pesquisa propôs analisar como o trabalho dos/as assistentes sociais na política de saúde foi afetado pelas transformações no mundo do trabalho, sob a pandemia de covid-19. Os objetivos específicos se desdobram em compreender como ocorreu o avanço do neoliberalismo e de que forma interferiu nas relações do mundo do trabalho, a discutir o processo histórico da crise econômica no Brasil, e abordar as condições de trabalho do/a assistente social durante o processo de enfrentamento da pandemia e os desafios da atuação na política de saúde. Metodologicamente, este estudo investigou a temática em questão conforme o método de Marx, partindo da realidade concreta de aumento da exploração e precarização do trabalho durante a pandemia. O caminho metodológico percorreu documentos oficiais do Conselho Federal de Serviço Social, artigos e entrevistas para analisar as implicações da conjuntura de acumulação do capital, avanço das tecnologias e pandemia no mundo do trabalho. Como resultado, identificou-se a necessidade de adaptação do trabalho do Serviço Social na política de saúde, a intensificação da precarização do trabalho expressos pela falta de acesso a equipamentos de proteção individual, adoecimento mental, aumento da sobrecarga de trabalho para as assistentes sociais. Assim, frente ao projeto ético-político profissional, faz a defesa irrestrita do fim das políticas econômicas que favorecem o capital em detrimento da vida, bem como a revogação das contrarreformas que impactam a seguridade social e o mundo do trabalho.