Marcadores de estresse na interpretação arqueológica das atividades de trabalho dos indivíduos sepultados no Engenho Jaguaribe Abreu e Lima-pe, sécs XVII-XIX

Abstract

Os termos marcadores de estresse ocupacional (MEO) vêm sendo utilizado para designar conjunto de evidências potencialmente capazes de informar acerca das solicitações biomecânicas ocorridas durante vida do indivíduo, principalmente as relacionadas a atividades repetitivas e cotidianas (CARVALHO, 2004). Dessa forma, as atividades de trabalho a partir dos marcadores de estresse nos ossos humanos vêm sendo algo muito recorrente na Bioarqueologia (JURMAN, 1977; NEVES, 1984; KENNEDY, 1989,2000; CARVALHO, 2004; ALMEIDA, 2013; LESSA, 2013; STABILE, 2017). Como para esse trabalho, que permeia o contexto das atividades de trabalho do engenho no período colonial. Contudo, a construção das análises passou a ser elaborado de forma a responder, quais as formas de atividades exercidas por dois indivíduos humanos do cemitério do Engenho Jaguaribe, localizado na cidade de Abreu e Lima-PE ao longo da vida sobre um contexto de produção do engenho. E essas, são demonstradas através das análises sobre os marcadores mecânico- postural, musculoesquelético, além do comprometimento articular. Para obtenção dos dados foram realizadas análises macroscópicas das superfícies articulares dos membros superiores e inferiores, caracterizando o tipo de alterações (erosão, porosidade, eburnação, osteófitos, labiamento, exostose superficial), assim como na superfície dos ossos para verificação das inserções musculares caracterizando quanto a robusticidade do osso, lesões de estresse e ossificação, levando em consideração o grau de incidência 0 a 3(0- ausente, 1- suave, 2- moderado, 3- intenso) obtendo resultado de alterações articulares como osteoartrite e modificação intensa nas áreas de inserção muscular, derivado das constantes ações praticadas por esses indivíduos.