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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56803
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Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | FERREIRA, Aurino Lima | - |
dc.contributor.author | FILIZOLA, Gustavo Jaime | - |
dc.date.accessioned | 2024-07-19T15:38:08Z | - |
dc.date.available | 2024-07-19T15:38:08Z | - |
dc.date.issued | 2024-02-15 | - |
dc.identifier.citation | FILIZOLA, Gustavo Jaime. Cosmopercepção iorubá e promoção da resiliência axé na trans-formação humana em crianças do ilê axé orixalá talabi. 2024. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56803 | - |
dc.description.abstract | A sociedade brasileira é marcada por várias formas de racismos, entre elas, o racismo religioso que recai nas práticas espirituais das comunidades de religiões de matriz africana, afro-brasileiras e indígenas e, em especial, nas crianças de axé no seu convívio com a escola. A resiliência axé não é um manual de adaptação mercadológica ou prontuário de autoajuda com suas receitas prontas e universais em busca da felicidade utilitarista e individual. Apresentei a resiliência axé, a partir das práticas espirituais vivenciadas com crianças e realizadas em um terreiro de candomblé de tradição Nagô situado na cidade do Paulista, estado de Pernambuco, Brasil. Para as amarrações epistemológicas, metodológicas, ontológicas e espirituais foram convidados humanos e extra-humanos: o grupo pesquisador, o pesquisador, orixás, antepassados, encantados e encantadas (seres espirituais), florestas, águas, pedras, etc., para integrar esta pesquisa. Busquei compreender como os elementos da cosmopercepção iorubá favorecem a promoção da resiliência axé nos processos de trans-formação humana de crianças do Ilê Axé Orixalá Talabi. Especificamente, busquei mapear aspectos centrais da cosmopercepção iorubá que favorecessem essa promoção apresentando suas contribuições para os processos da trans-formação humana, investiguei as adversidades vivenciadas, as estratégias e os recursos utilizados pelas crianças do terreiro no enfrentamento do racismo religioso na escola contribuindo para a promoção da resiliência axé e analisei as práticas de proteção intergeracional promovidas pelo Ilê Axé Orixalá Talabi para uma reconceitualização da resiliência, a partir da cosmopercepção iorubá, a fim de reconfigurar os processos de trans-formação humana. A pesquisa foi teórico-empírica com abordagem qualitativa participativa de(s)colonial, tendo como método inspirador a Sociopoética. A cocriação de dados incluiu a observação participante, oficinas sociopoéticas e entrevistas semiestruturadas. Dez coparticipantes foram escolhidos/as para compor o grupo-pesquisador, considerando a força das narrativas e das experiências vividas por eles e elas, em especial, as crianças que se tornaram resistentes a novas formas de colonialidade e que, sendo transgressivas/insurgentes ao projeto de ordem colonial, por meio da resiliência axé, falaram sobre suas estratégias de sustentação de suas dignidades existenciais. A análise dos dados cocriados foi realizada com base nos conhecimentos sobre resiliência, saberes da tradição iorubá e afro-diaspórico do próprio terreiro, tomei ainda como lente de análise os estudos de(s)coloniais do grupo modernidade/colonialidade. Os resultados indicaram que a resiliência axé participativa de(s)colonial não deve ser entendida como um fenômeno simplesmente psicológico, separada dos aspectos socioculturais, mas como expressão do exercício espiritual/transpessoal de(s)colonizador que emerge essencialmente da participação cocriativa humana que integra a multidimensionalidade e a integralidade com os seres humanos e extra-humanos, a partir dos aspectos centrais da cosmopercepção iorubá como: ancestralidade, oralidade, corporalidade e princípios comunitários. Foram apresentadas as adversidades vivenciadas, as estratégias e os recursos utilizados pelas crianças do Ilê Axé Orixalá Talabi no enfrentamento do racismo religioso na escola e as práticas de proteção intergeracional promovidas pelo Ilê Axé Orixalá Talabi que possibilitaram uma reconceitualização da resiliência e reconfiguração dos processos de trans-formação humana. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Cosmopercepção iorubá | pt_BR |
dc.subject | Resiliência axé | pt_BR |
dc.subject | Crianças de Candomblé | pt_BR |
dc.subject | Trans-formação humana | pt_BR |
dc.subject | Racismo religioso | pt_BR |
dc.title | Cosmopercepção iorubá e promoção da resiliência axé na trans-formação humana em crianças do ilê axé orixalá talabi | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/9786383619134530 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/5402096659543875 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Educacao | pt_BR |
dc.description.abstractx | Brazilian society is marked by various forms of racism, including religious racism, which affects the spiritual practices of communities of African, Afro-Brazilian and indigenous religions and, in particular, axé children in their interaction with schools. Axé resilience is not a marketing adaptation manual or a self-help manual with its ready-made, universal recipes in search of utilitarian, individual happiness. I presented axé resilience, based on the spiritual practices experienced with children and carried out in a candomblé terreiro of the Nagô tradition located in the city of Paulista, state of Pernambuco, Brazil. For the epistemological, methodological, ontological and spiritual ties, humans and extra-humans were invited: the research group, the researcher, orishas, ancestors, enchanted and enchanted ones (spiritual beings), forests, waters, stones, etc., to take part in this research. I sought to understand how the elements of Yoruba cosmoperception favor the promotion of axé resilience in the human trans-formation processes of the children of Ilê Axé Orixalá Talabi. Specifically, I sought to map central aspects of Yoruba cosmoperception that favored this promotion, presenting their contributions to the processes of human trans- formation, and investigating the adversities experienced, the strategies and resources used by the terreiro's children to confront religious racism at school, contributing to the promotion of axé resilience, and I analyzed the intergenerational protection practices promoted by Ilê Axé Orixalá Talabi for a reconceptualization of resilience, based on Yoruba cosmoperception, in order to reconfigure the processes of human trans-formation. The research was theoretical-empirical with a participatory qualitative approach to colonial(s), using sociopoetics as an inspirational method. The co-creation of data included participant observation, sociopoetic workshops and semi-structured interviews. Ten co-participants were chosen to make up the research group, considering the strength of the narratives and experiences they had, especially the children who had become resistant to new forms of coloniality and who, being transgressive/insurgent to the project of colonial order, through axé resilience, spoke about their strategies for sustaining their existential dignities. The analysis of the co-created data was based on knowledge about resilience, knowledge from the Yoruba and Afro-diasporic traditions of the terreiro itself, and I also used de(s)colonial studies from the modernity/coloniality group as a lens of analysis. The results indicated that de(s)colonial participatory axé resilience should not be understood as a simply psychological phenomenon, separated from sociocultural aspects, but as an expression of the de(s)colonizer's spiritual/transpersonal exercise that emerges essentially from human co-creative participation that integrates multidimensionality and integrality with human and extra-human beings, based on the central aspects of Yoruba cosmoperception such as: ancestry, orality, corporality and community principles. The adversities experienced, the strategies and resources used by the children of Ilê Axé Orixalá Talabi in confronting religious racism at school and the practices of intergenerational protection promoted by Ilê Axé Orixalá Talabi were presented, enabling a reconceptualization of resilience and reconfiguration of the processes of human trans-formation. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Educação |
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