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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57217

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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorMELO, Cristina Teixeira Vieira de-
dc.contributor.authorPESSOA, Mirella Ramos Costa-
dc.date.accessioned2024-08-06T12:27:18Z-
dc.date.available2024-08-06T12:27:18Z-
dc.date.issued2024-05-13-
dc.identifier.citationPESSOA, Mirella Ramos Costa. Tecnologias para adiar o fim: tempo, poder e subjetividade no regime de visibilidade contemporâneo. 2024. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57217-
dc.description.abstractEsta tese se dedica a pensar sobre as tecnologias contemporâneas para adiar o fim e o modo como encontram-se entrelaçadas às tecnologias de imagem, informação e comunicação. Partindo do pressuposto de que um regime de verdade e visibilidade possibilita a conformação de modos de encarar a finitude e de articular formas para sua superação, o trabalho analisa também o modo como tais tecnologias estão atravessadas por uma temporalidade própria do regime de que fazem parte. A partir da perspectiva genealógica procuramos identificar rupturas e continuidades no modelo ocidental-cristão- capitalista de pensar sobre as formas de superação da finitude, suspendendo sentidos e valores cristalizados em meio à operação das práticas e aos governos de condutas de cada regime. Para tanto, por meio da arqueologia e da montagem desenharam-se mosaicos para se pensar com as imagens dessas tecnologias, investigando possíveis deslocamentos nas acepções de morte, transcendência e permanência. Entremeadas pela racionalidade neoliberal e por um senso de futuridade próprio, as tentativas de adiar o fim não são mais as mesmas, embora carreguem continuidades aparentes – que orientaram a estruturação dos três capítulos que sustentam esta tese. (1) Se o fim da carne se concentra na ideia do corpo debilitado e dependente que não pode mais consumir ou ser consumido de maneira autônoma, as tecnologias que se valem das lógicas da antecipação e das novas formas de fazer ver o tempo passar nos corpos passam a determinar quando e quais vidas podem ser encerradas. Afastando-se das tentativas de aperfeiçoamento da vida que produzem e fortalecem a nação, o contemporâneo procura prolongar a duração da carne até o limite que se encerra no corpo dependente ou nas falhas cognitivas. Ainda assim, a carne insiste em morrer. (2) Diante da certeza de seu fim, as possibilidades de transcendências do contemporâneo desenham tecnologias permeadas pelas imagens generativas e emulações produzidas pela inteligência artificial, instalando novos modos de pensar sobre a permanência das existências, agora a partir da sua total conversão em dados. Formas de continuidade que diferem daquelas modernas ancoradas na história das nações, na presença da fotografia analógica nas imagens, e na articulação simbólica que promovem entre visível e invisível. A partir de nossa própria projeção na tela e nas imagens generativas da atualidade, vemos ser costurada uma imortalidade centrada nas tecnologias de informação do presente, que preconizam valores de hipervisibilidade, nitidez e controle total. (3) Já nas tentativas de adiar o fim do mundo em que habitamos, a recorrência do imaginário apocalíptico e distópico alertam para o iminente colapso global. Embora se assemelhem às expectativas do tempo escatológico, a marcação dos relógios que preveem o fim do planeta é determinada por novas forças que não mais dependem das instâncias divinas. Por outro lado, as soluções propostas para adiar o fim do planeta, centradas na conexão, monitoramento, captura de dados e uso inteligente dos recursos naturais, enquanto se apresentam como completamente novas e revolucionárias, não parecem romper com a lógica de exploração, consumo e deterioração do planeta que nos trouxe até o presente.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectFinitudept_BR
dc.subjectTecnologiapt_BR
dc.subjectGovernamentalidadept_BR
dc.subjectVisibilidadept_BR
dc.subjectFuturopt_BR
dc.titleTecnologias para adiar o fim : tempo, poder e subjetividade no regime de visibilidade contemporâneopt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3063666731999466pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6777463656092350pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Comunicacaopt_BR
dc.description.abstractxThis thesis is devoted to thinking about contemporary technologies aimed at postponing the end and the way they are intertwined with image, information, and communication technologies. Departing from the assumption that a regime of truth and visibility enables the shaping of ways to confront finitude and articulate forms of overcoming it, the work also examines how such technologies are imbued with a temporality inherent to the regime they belong to. Adopting a genealogical perspective, we seek to identify ruptures and continuities in the Western-Christian-capitalist model of thinking about ways to overcome finitude, suspending meanings and values crystallized within the operation of practices and governmentalities of each regime. Therefore, through archaeology and montage, mosaics were designed to contemplate the images of these technologies, investigating possible shifts in the conceptions of death, transcendence, and permanence. Intertwined with neoliberal rationality and a sense of inherent futurity, attempts to postpone the end are no longer the same, although they carry apparent continuities – which guided the structuring of the three chapters supporting this thesis. (1) If the notion of end of flesh focuses on the idea of the debilitated and dependent body that can no longer consume or be consumed autonomously, technologies making use of the logics of anticipation and new ways of giving visibility to the passing of time through bodies begin to determine when and which lives can be terminated. Moving away from attempts to perfect life that produce and strengthen the nation, the contemporary seeks to extend the duration of flesh to the limit characterized by the body’s dependencies or cognitive failures. Nevertheless, the flesh insists on dying. (2) And in the face of the certainty of its end, the possibilities of transcendence of the contemporary design technologies permeated by generative images and emulations produced by artificial intelligence, installing new ways of thinking about the permanence of existences, now from their total conversion into data. These forms of continuity differ from modern ones anchored in the history of nations, in the presence of analog photography in images, and in the symbolic articulation they promote between visible and invisible. By means of our own projection on the screen and on the generative images of today, we discern the creation of a notion of immortality centered on present information technologies, which advocate values of hyper-visibility, clarity, and total control. (3) Meanwhile, in attempts to postpone the end of the world we inhabit, the recurrence of apocalyptic and dystopian imaginaries warns of the imminent global collapse. Although resembling expectations of eschatological time, the ticktocking of clocks predicting the end of the planet is determined by new forces no longer dependent on divine instances. On the other hand, solutions proposed to postpone the end of the planet, centered on connection, monitoring, data capture, and wise use of natural resources, while presented as completely new and revolutionary, do not seem to break with the logic of exploitation, consumption, and deterioration of the planet that has brought us to the present.pt_BR
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