Relação entre a Pressão Plantar Máxima e a Temperatura Cutânea Plantar de idosos com Diabetes Mellitus tipo 2 : estudo transversal

Abstract

Objetivo: Avaliar a relação entre Pressão Plantar Máxima (PPM) e Temperatura Cutânea Plantar(TCP) de idosos com Diabetes mellitus tipo 2. Métodos: Trata-se de um estudo observacional-analitico do tipo transversal, realizado no Laboratório de Cinesioterapia e Recursos Terapêuticos Manuais da Universidade Federal de Pernambuco, com 36 idosos portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, dos quais coletamos a Pressão Plantar Máxima, através da baropodometria digital e a Temperatura Cutânea Plantar, através da Termografia infravermelha. Resultados: Ao correlacionar PPM e TCP, observou-se diferenças significativas entre as regiões antepé do pé direito (p=0,000) e esquerdo (p=0,000), mediopé do pé direito (p=0,014) e esquerdo (p=0,001), e retropé do pé direito (p=0,000) e esquerdo ( p=0,000). Além disso, ao comparar os valores de PPM entre os pés direito e esquerdo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. No entanto, a região do retropé apresentou maior pressão plantar(147,55+66,66 no direito; 144,47+64,36 no esquerdo). Quanto à TCP, houve diferença significativa apenas na região do retropé (p=0,019), com o mediopé exibindo temperaturas maiores em comparação com demais áreas. Conclusão: Podemos concluir que a PPM está associada com TCP, com maiores cargas plantares relacionadas a menor Temperatura, e vice e versa. No entanto, é importante considerar a complexidade da patologia e possível influência de outros fatores. Dessa forma, sugerimos que mais estudos sejam realizados focados na avaliação dos pés nessa população.