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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57449
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Título: | Aplicações farmacológicas do óleo essencial das folhas de Eugenia uniflora Linn |
Autor(es): | SILVA JÚNIOR, Lourival Gomes da |
Palavras-chave: | Anti-inflamatório; Antinociceptivo; Cicatrização; Eugenia uniflora; Gastroproteção; Óleo essencial |
Data do documento: | 25-Jul-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SILVA JÚNIOR, Lourival Gomes da. Aplicações farmacológicas do óleo essencial das folhas de Eugenia uniflora Linn. 2024. Tese (Doutorado em Biotecnologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | Eugenia uniflora Linn (MYRTACEAE) é uma planta frutífera nativa do Brasil, conhecida como pitangueira. As folhas dessa espécie têm sido utilizadas na medicina popular para o tratamento de desordens do trato gastrointestinal e inflamação, no entanto, não há relatos científicos das atividades gastroprotetora e cicatrizante do óleo essencial extraído das suas folhas (OEEu). Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos antinociceptivo, anti-inflamatório, cicatrizante e gastroprotetor do OEEu. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação em aparelho tipo clevenger. A caracterização fitoquímica foi realizada por Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM). A toxicidade oral aguda testada pelo método da dose fixa. Para a atividade antinociceptiva, foi realizado o teste da formalina em camundongos. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pelo ensaio do edema de pata induzido por carragenina. Para avaliação da atividade cicatrizante in vivo uma excisão circular (Ø=0,8 cm) foi realizada na região dorsal de 36 camundongos, divididos em 3 grupos de acordo com o tratamento aplicado uma única vez sobre as feridas. A evolução do processo de reparo do ponto de vista clínico e mensuração da área ocorreram em intervalos de 3, 7 e 14 dias. A atividade gastroprotetora do OEEu foi avaliada por modelos de lesões gástricas induzidas por etanol absoluto, etanol acidificado, indometacina e teste de barreira física. Posteriormente, avaliou-se parâmetros oxidativos, citocinas e o envolvimento do óxido nítrico, compostos sulfidrila, canais de potássio (K+ATP), prostaglandinas e receptores α2-adrenérgicos na gstroproteção. Os resultados apontaram um rendimento de 1,12±0,06% (p/p). A análise por CG-EM identificou 17 compostos, que constituem 96,63% dos componentes químicos, destacando-se a selina-1,3,7(11)-trien-8-ona (33,92%), epóxido de selina- 1,3,7(11)-trien-8-ona (29,31%), germacreno B (8,88%) e (E)-cariofileno (5,62%) como componentes majoritários. O teste de toxicidade oral aguda com doses fixas de 5, 50, 300 e 2000 mg/kg, não causou toxicidade ou morte nos camundongos. O teste de nocicepção realizado com formalina indicou que o OEEu possui efeito antinociceptivo dose- dependente, atuando na fase neurogênica e na fase inflamatória. Os resultados mostraram que o OEEu possui efeito anti-inflamatório, reduzindo o edema de forma dose- dependente nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, com diminuição da inflamação em 78,13%, 84,49% e 94,64%, respectivamente, em comparação ao veículo. O efeito cicatrizante do OEEu foi demonstrado pela regressão significativa da área das feridas no grupo tratado com OEEu em comparação aos grupos controle negativo (solução salina) e positivo (Dersani) ao longo de 14 dias. Nas úlceras gástricas induzidas por etanol, etanol/HCl e Indometacina, as doses de 50, 100 e 200 mg/kg administradas por via oral demonstraram efeito gastroprotetor, com destaque para a concentração de 200 mg/kg que reduziu as ulceras em 92,16%, 93,91% e 95,28%, em relação aos respectivos modelos. Além disso, o teste de barreira física mostrou que, quando administrado via intraperitoneal, o OEEu também exibiu efeito gastroprotetor, reduzindo as lesões em 75,68%, indicando sua capacidade não apenas citoprotetora, mas também sistêmica. Na investigação dos possíveis mecanismos envolvidos no efeito gastroprotetor do EOEu, os resultados indicaram a participação de canais de potássio dependentes de ATP (K+ATP), compostos sulfidrila, prostaglandina E2 e dos receptores α2-adrenérgicos. Esses resultados corroboram para o emprego de Eugenia uniflora na medicina popular destacando seu potencial terapêutico devido aos efeitos antinociceptivo, anti-inflamatório, gastroprotetor e cicatrizante do OEEu. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57449 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO |
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