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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57511
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Título: | Da mulata à prostituta orgânica : como raça, gênero, classe e sexualidade moldaram o imaginário da acompanhante de luxo |
Autor(es): | NUNES, Alyne Isabelle Ferreira |
Palavras-chave: | Sociologia; Imagens de controle; Prostituição de luxo; Interseccionalidade (Sociologia); Discursos |
Data do documento: | 24-Fev-2023 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | NUNES, Alyne Isabelle Ferreira. Da mulata à prostituta orgânica: como raça, gênero, classe e sexualidade moldaram o imaginário da acompanhante de luxo. 2023. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
Abstract: | Este estudo buscou analisar como as acompanhantes brancas e negras são posicionadas no imaginário racial erótico do mercado de luxo do sexo sob uma perspectiva interseccional, considerando que a prostituição no Brasil, com o histórico escravocrata, se estrutura a partir da raça, classe, gênero e sexualidade. O ponto de partida para a pesquisa é a observação das práticas discursivas e dos sentidos elaborados no universo da prostituição de luxo que podem operar para reforçar os estigmas raciais impostos às mulheres negras, garantindo a manutenção das hierarquias no imaginário erótico desse universo. Busca-se analisar as produções discursivas sobre a sexualidade das mulheres negras e brancas a partir da noção de imagens de controle. Ao analisarmos os discursos das acompanhantes de luxo sobre suas vivências no mercado do sexo, compreendemos que a análise crítica do discurso nos possibilita acessar como são reforçadas as imagens de controle aplicadas as mulheres negras que as designam com uma sexualidade desviante, enquanto mulheres brancas são definidas pelas virtudes da piedade, pureza, submissão e domesticidade. Os dados foram construídos através das entrevistas, como técnica principal, mas também foram feitas análises de sites de acompanhantes e de podcasts com profissionais do segmento da prostituição de luxo para corroborar a hipótese dessa tese. Dessa forma, acompanhantes de luxo brancas e negras, mesmo ocupando o mesmo espaço, são compreendidas a partir de lugares diferentes. Concluímos que a prostituição é um fenômeno que instrumentaliza as narrativas sobre as imagens de controle para determinar o que merece ser classificado como luxo. A hipótese que raça é sistema fundamental para definir as fronteiras da prostituição de luxo é confirmada através do padrão estético valorizado no segmento, na diferença dos valores e o poder de negociação observados entre as acompanhantes brancas e negras e os marcadores acionados que são associados a imagem da prostituta de luxo. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57511 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Sociologia |
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