Os desafios enfrentados pelos/as docentes no trabalho pedagógico sobre gênero e sexualidades na escola.

Abstract

O presente trabalho de conclusão de curso foi norteado pela pergunta: Que desafios são enfrentados pelos/as docentes no trabalho pedagógico sobre gênero e sexualidades na escola e quais as suas percepções sobre estes temas? Que gerou o objetivo geral: Estudar os desafios os enfrentados pelos/as docentes no trabalho pedagógico sobre gênero e sexualidades na escola e as suas percepções sobre estes temas, que consequentemente gerou objetivos específicos que foram: a) Identificar as concepções de gênero e sexualidades dos/as docentes para o desenvolvimento do trabalho pedagógico em sala de aula. b) Relacionar os desafios enfrentados pelos/as docentes no trabalho pedagógico sobre gênero e sexualidades. c) Elencar os conteúdos trabalhados por docentes sobre o tema gênero e sexualidades em suas aulas. Foi utilizado a teoria da sexualidade de Michel Foucault para categoria sexualidade, Judith Butler como seus estudos de gênero como performatividade para categoria gênero, e na categoria escola foi utilizado a visão de Guacira Louro, onde a mesma ver a escola como um lugar de partilha para discutir gênero e sexualidade. A metodologia é construída nos caminhos da pesquisa qualitativa, tendo como objetivo estudar de forma holística a realidade. A pesquisa teve como alvo principal uma escola de referência em ensino médio. No trabalho de coleta de dados foi realizado através de fontes bibliográficas e entrevistas com 4 professores selecionados, 2 sendo do sexo feminino e 2 do sexo masculino da escola e partir disso foi feita uma análise de conteúdo utilizando os conceitos de Bardin. Foi visto em campo que observou-se que os docentes têm uma compreensão robusta, fundamentada em um sólido arcabouço teórico. Observou-se que as barreiras institucionais acabam promovendo o silenciamento dessas temáticas dentro do contexto escolar. Os conteúdos são trabalhados de forma indireta dentro da sala de aula. Embora tenham grande interesse e desejo de discutir o assunto, os docentes são obrigados a tratá-lo de maneira indireta, inserindo-os em outros tópicos do currículo, sem estabelecer espaços específicos ou métodos específicos para o assunto.