IMUNO-ONTO : uma DL-Ontology para o domínio imunobiológico

Abstract

Destacando o cenário brasileiro, observam-se diversas iniciativas tecnológicas voltadas para abordar os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que mui- tas dessas iniciativas foram pouco avaliadas de maneira crítica. As vacinas representam uma medida rofilática eficaz e fundamental para reduzir a incidência de doenças, podendo, em alguns casos, contribuir para sua erradicação.Conscientes dos desafios de interoperabilidade que afetam os sistemas de saúde e cientes de que ontologias podem estabelecer uma termi- nologia comum, idealmente inequívoca, em um domínio específico, o objetivo deste trabalho consiste na modelagem voltada para a especificação conceitual no domínio Imunobiológico (vacinas), denominada IMUNO-ONTO. A metodologia de desenvolvimento adotada baseou- se na utilização da Methontology para conceber um modelo conceitual ontológico sólido. Para a materialização deste modelo, selecionamos as ferramentas OLED (OntoUML Lightweight Editor), empregada para modelar a ontologia em conformidade com os princípios da onto- logia de topo UFO (Unified Foundational Ontology), e posteriormente o Protegé, utilizado para realizar testes de integridade e estudos de caso, com o intuito de validar e aprimorar a ontologia proposta. Apresentamos ainda como avaliação do modelo proposto um conjunto de estratégias, como: (i) avaliação por estudos de caso, (ii) avaliação com especialista e (iii) verificação automática da consistência do modelo.Tendo como resultado estudos de casos que retornaram resultados satisfatórios considerando cada cenário apresentado, a avaliação com o especialista foi essencial para compreender os desafios e buscar entender se o modelo ontológico atende às necessidades dos profissionais de saúde, assim como para estudantes e usuários em geral, uma vez que esse mesmo profissional possui a experiência de ensino em sala de aula, atuação profissional no manuseio e documentação dos imunobiológicos e atendimento aos usuários do sistema básico de saúde. Ao final, discutimos sobre as potencialidades e os limites identificados durante a realização da etapa de avaliação, como a existência de exce- ções no contexto vacinal, onde a lógica tradicional não é a mais intuitiva, sendo destacada a possibilidade futura de explorar a lógica descritiva preferencial.