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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62384
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Título: | Habilidades sociais e expectativas acadêmicas como indicadores da adaptação de estudantes neuroatípicos ingressantes à universidade |
Autor(es): | SILVA, Kleyton José da |
Palavras-chave: | Ensino superior; Adaptação acadêmica; Neurodivergência; Autismo; Déficit de atenção |
Data do documento: | 25-Set-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SILVA, Kleyton José da. Habilidades sociais e expectativas acadêmicas como indicadores da adaptação de estudantes neuroatípicos ingressantes à universidade. 2024. Dissertação (Mestrado em Psicologia Cognitiva) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A adaptação ao ensino superior é um processo dinâmico que exige do estudante ajustes às normas e valores institucionais, além de lidar com desafios pessoais e interpessoais. A transição do ensino médio para o ensino superior envolve diversos fatores, como maior autonomia, tomada de decisões, gestão de tempo e finanças, além da adaptação às atividades acadêmicas e à formação de novos relacionamentos. Para uma integração bem-sucedida, é crucial que o estudante desenvolva habilidades afetivas, psicoemocionais e sociais. Essa transição pode ser ainda mais desafiadora para estudantes neurodivergentes, que têm características únicas de desenvolvimento neurológico, como transtorno do espectro autista (TEA), transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), dislexia e discalculia, dentre outros. Esses estudantes enfrentam dificuldades adicionais que impactam sua permanência e desempenho, reforçando a importância de suporte institucional adequado. Sobre os aspectos importantes para a transição para a educação superior, as expectativas acadêmicas e as habilidades sociais passaram a ganhar destaque como fatores que podem influenciar o desempenho acadêmico e a adaptação às demandas universitárias. Este estudo investigou aspectos relacionais entre habilidades sociais e expectativas acadêmicas como indicadores da adaptação ao ensino superior de 120 estudantes, divididos entre grupos neurodivergente e neurotípico, de uma faculdade privada em Recife–PE. Foram aplicados os instrumentos Mini-Exame do Estado Mental (MEM), Escala de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS2), Escala Brasileira de Expectativas Acadêmicas para Ingressantes na Educação Superior (versão reduzida) (EEA-r), Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES) e Questionário de Caracterização Individual. Utilizou-se para a análise dos dados técnicas estatísticas descritivas, de correlação e de comparação entre grupos. Os resultados e discussões foram apresentados a partir de estudos individuais no decorrer do trabalho. No Estudo 1 foram construídos os perfis sociodemográficos dos estudantes, ênfase no grupo neurodivergente, e identificação de sintomas ansiosos com maior intensidade neste grupo. No Estudo 2, os achados reforçaram haver diferenças nas habilidades sociais de estudantes neurodivergentes e neurotípicos, onde neurodivergentes apresentam menor desenvoltura geral e na conversação assertiva. No Estudo 3, observou-se diferenças nas expectativas acadêmicas, tendo os estudantes neurodivergentes menos expectativas, sobretudo no fator compromisso social e acadêmico. No Estudo 4 os resultados identificaram que os universitários neurodivergentes estão menos adaptados ao ensino superior, sobretudo nas dimensões social, pessoal-emocional e institucional. Por fim, no Estudo 5 foram encontradas correlações significativas entre a adaptação acadêmica e as variáveis expectativas acadêmicas e habilidades sociais, além de evidenciar que neurodivergentes enfrentam mais desafios com ansiedade e adaptação acadêmica ao mostrarem menor adaptação ao ensino superior, habilidades sociais menos desenvolvidas e expectativas menos alinhadas com o sucesso acadêmico. Com base nos resultados da pesquisa, observa-se que a compreensão dos fatores que impactam a adaptação acadêmica de estudantes neurodivergentes, como as habilidades sociais e as expectativas acadêmicas, é essencial para orientar as instituições na criação de ambientes mais inclusivos e acessíveis mediante ações institucionais, como programas para treino de habilidades sociais e de gerenciamento de estresse, com finalidade de promover uma adaptação eficaz, o bem-estar e melhor desempenho do corpo estudantil. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/62384 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Psicologia Cognitiva |
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