Análise bibliométrica sobre os fatores de risco na deterioração dos acervos bibliográficos

Abstract

Este estudo compreende os principais riscos físicos, químicos e biológicos relacionados aos agentes deteriorantes em acervos bibliográficos. De natureza exploratória e bibliográfica, com abordagem bibliométrica, a pesquisa desenvolve-se em quatro etapas. Na primeira, realiza um levantamento da literatura sobre degradação e preservação de acervos, com ênfase nos riscos mencionados, utilizando palavras-chave em fontes como a Base de Dados em Ciência da Informação, o Google Acadêmico e a Biblioteca Nacional. Na segunda etapa, elabora uma estratégia de busca na Base de Dados em Ciência da Informação, identificando 78 registros pertinentes ao tema. Em seguida, na terceira etapa, conduz uma análise bibliométrica com o auxílio do software VantagePoint, tratando e organizando os dados em matrizes, rankings e redes de colaboração. Por fim, na quarta etapa, analisa e classifica os dados conforme os tipos de riscos descritos na literatura. Os anos com maior volume de produção foram 2017 (n=10), seguido de 2018 e 2022 (n=8), e de 2016 e 2020 (n=7). Os periódicos representam 83% das publicações sobre o tema. Os autores mais produtivos incluem Marcos Galindo, Wagner Junqueira e Daniel Flores, e os principais veículos de divulgação compreendem o Encontro Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação, a Revista Ibero-americana de Ciência da Informação e a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. As palavras-chave mais frequentes apontam para a recorrência de temas ligados à preservação e conservação, enquanto as redes de coautoria indicam baixa densidade colaborativa entre os pesquisadores da área. O estudo também apresenta um quadro síntese com a classificação dos agentes deteriorantes identificados. Conclui que os achados oferecem subsídios relevantes para a área e podem orientar futuras investigações voltadas à preservação de acervos de diferentes naturezas.