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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64421
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Título: | Biodiversidade de esponjas da pluma do rio Amazonas: uma nova fronteira para a taxonomia e biogeografia |
Autor(es): | CAVALCANTI, Alan Dias |
Palavras-chave: | Porifera; Barreira ecológica; Região Norte brasileira; Caribe |
Data do documento: | 26-Fev-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CAVALCANTI, Alan Dias. Biodiversidade de esponjas da pluma do rio Amazonas: uma nova fronteira para a taxonomia e biogeografia. 2025. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | Apesar da espongiofauna brasileira ser composta por 655 espécies válidas, ela ainda é considerada subestimada quando se leva em consideração o baixo esforço amostral e o estágio de desenvolvimento taxonômico de cada região. Mesmo para a Região Nordeste, a mais diversa, o conhecimento é fragmentário com maior número de espécies de esponjas conhecidas para Bahia (193) e Pernambuco (109) enquanto pouco se sabe para o Maranhão (36) e o Piauí (1). Pouco conhecida também é a diversidade da Região Norte com 70 espécies válidas nos estados costeiros, sendo 29 para o Amapá e 41 para o Pará. A região Norte possui grande importância em relação aos processos biogeográficos que explicam a diversidade de poríferos da costa brasileira. Collette & Rutzler (1977) iniciaram o questionamento sobre a relação entre a espongiofauna brasileira e caribenha, os autores discutiram sobre uma descontinuidade da fauna marinha, inclusive a espongiofauna, entre Caribe e Brasil causado pelo alto fluxo de água doce proveniente do Amazonas, associado a forte Corrente das Guianas, e consideraram a área como uma barreira para dispersão de espécies. Neste sentido, se torna urgente não só um inventário mais atualizado da espongiofauna, para um melhor entendimento sobre a biodiversidade local, como também uma análise biogeográfica da espongiofauna caribenha e brasileira com o intuito de identificar uma possível atuação da Pluma do Rio Amazonas como barreira de dispersão. O presente estudo conta com 160 espécimes identificados, resultando em 40 descrições de espécies, uma possível espécie nova e um espécime em gênero. Dentre os resultados, destacamos a descrição de Awhiowhio saci Dias, Kelly & Pinheiro, 2023, primeiro registro do gênero para o Oceano Atlântico. Além disso foram feitos 12 novos registros para o Estado do Maranhão, três para o Estado do Pará e quatro para o Estado do Amapá. Nossas análises biogeográficas mostram grupamentos com altos índices de suporte, destacando inicialmente os grupamentos que correspondem a fauna caribenha e brasileira com 98% e 81% de suporte, respectivamente. Adicionalmente, foram observados outros grupamentos dignos de nota, como por exemplo, o grupamento formado pelos estados que sofrem influência mais direta do Rio Amazonas, Amapá e Pará, com 76% de suporte e, no grupamento caribenho, o grupo formado pelas localidades que estão sob influência direta do Mar do Caribe. Com estes resultados fica evidente que existe sim uma separação entre as faunas caribenhas e brasileiras, com o grupamento formado por Amapá e Pará sendo um forte indício que o Rio Amazonas seja sim uma variável importante que causa esta separação entre as faunas. Porém, ainda é necessário um aumento no esforço amostral em certos tipos de localidades, nestes e em outros estados, não só para ajudar em futuras análises biogeográficas, mas também para aumentar o conhecimento sobre uma biodiversidade que exibe um potencial enorme e é bastante subestimada. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64421 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Biologia Animal |
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