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Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64828

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Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributor.advisorBURITY, Joanildo-
dc.contributor.authorVIEIRA, Maria Eduarda Antonino-
dc.date.accessioned2025-08-04T13:43:47Z-
dc.date.available2025-08-04T13:43:47Z-
dc.date.issued2025-02-04-
dc.identifier.citationVIEIRA, Maria Eduarda Antonino. “Defender o estado laico é o nosso dever e a nossa salvação”: o ativismo cristão feminista no Brasil. 2025. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64828-
dc.description.abstractNesta tese, analiso e conceituo o ativismo cristão feminista no Brasil, um movimento que articula religião e feminismo a partir de uma posição situada nas margens — margens da fé institucional e do feminismo hegemônico. Ao questionar associações históricas que vinculavam o feminismo ao secularismo e a religião ao conservadorismo patriarcal, esse ativismo reconfigura os termos do debate público sobre gênero, fé e justiça social. A partir da teoria do discurso de Laclau e Mouffe (1985), examino como práticas discursivas produzem identidades híbridas, capazes de atravessar fronteiras entre campos muitas vezes considerados inconciliáveis. Em suas ações, mobilizam estratégias como a ressonância doutrinária, buscando legitimar suas demandas por igualdade de gênero e direitos sexuais e reprodutivos a partir de valores cristãos compartilhados, ao mesmo tempo em que operam em contextos de tensão doutrinária, nos quais tais pautas confrontam interpretações teológicas tradicionais. Essa estratégia dupla — que combina ressonância para gerar identificação e tensão para provocar debates — permite que o feminismo cristão avance pautas “progressistas” sem romper com os marcos religiosos que garantem sua legitimidade. Desse modo, o ativismo cristão feminista evidencia o poder transformador das margens — entendidas não apenas como lugar de resistência às estruturas de exclusão, mas como território fértil para a invenção de novas formas de existir, crer e lutar. A partir desse lugar liminar, essas mulheres constroem práticas que reconfiguram tanto os contornos da religião quanto os do feminismo. Ancorado em múltiplas frentes de atuação — como (1) o ativismo formativo e educativo, (2) a mobilização digital e virtual, (3) o acolhimento e a assistência, (4) as expressões estéticas e identitárias, e (5) a incidência política e pública —, o ativismo cristão feminista não apenas confronta as estruturas patriarcais presentes nas igrejas, mas também amplia os horizontes das lutas feministas e religiosas, promovendo formas alternativas de engajamento no espaço público. Longe de propor a retirada da religião da esfera pública, elas defendem uma laicidade que assegure a liberdade religiosa e reconheça a legitimidade de vozes de fé na luta por direitos e justiça social. Assim, o ativismo cristão feminista desafia não apenas o conservadorismo religioso, mas também o secularismo militante que invisibiliza sujeitos religiosos “progressistas” — e, ao fazê-lo, amplia as possibilidades de democracia no Brasil contemporâneo.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/pt_BR
dc.subjectAtivismo Cristão Feministapt_BR
dc.subjectReligião e Feminismopt_BR
dc.subjectTeoria do Discursopt_BR
dc.subjectEstratégias Políticaspt_BR
dc.subjectDireitos das Mulherespt_BR
dc.title“Defender o estado laico é o nosso dever e a nossa salvação” : o ativismo cristão feminista no Brasilpt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9436419430624115pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1117978372756077pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Sociologiapt_BR
dc.description.abstractxIn this dissertation, I analyze and conceptualize christian feminist activism in Brazil — a movement that articulates religion and feminism from a position situated at the margins: the margins of institutional faith and hegemonic feminism. By challenging historical associations that linked feminism to secularism and religion to patriarchal conservatism, this activism reconfigures the terms of public debate on gender, faith, and social justice. Drawing on the discourse theory of Laclau and Mouffe (1985), I examine how discursive practices produce hybrid identities capable of crossing boundaries between fields often seen as irreconcilable. In their actions, activists mobilize strategies such as doctrinal resonance, seeking to legitimize their demands for gender equality and sexual and reproductive rights based on shared Christian values. At the same time, they operate within contexts of doctrinal tension, where such claims confront traditional theological interpretations. This dual strategy — combining resonance to foster identification and tension to provoke debate — enables christian feminism to advance “progressive” agendas without severing ties with the religious frameworks that underpin its legitimacy. In doing so, christian feminist activism reveals the transformative power of the margins — understood not only as a site of resistance to exclusionary structures, but also as fertile ground for inventing new ways of being, believing, and struggling. From this liminal space, these women build practices that reconfigure the boundaries of both religion and feminism. Anchored in multiple fronts of engagement — including (1) formative and educational activism, (2) digital and virtual mobilization, (3) care and mutual aid, (4) aesthetic and identity expressions, and (5) political and public advocacy — christian feminist activism not only challenges patriarchal structures within churches, but also broadens the horizons of both feminist and religious struggles, promoting alternative forms of engagement in the public sphere. Far from advocating the removal of religion from public life, these activists call for a form of secularism that ensures religious freedom and recognizes the legitimacy of faith-based voices in the fight for rights and social justice. In this way, Christian feminist activism challenges not only religious conservatism but also militant secularism that renders “progressive” religious subjects invisible — and, in doing so, expands the possibilities for democracy in contemporary Brazil.pt_BR
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Sociologia

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