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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65536
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Título: | Relações entre o uso do smartphone, solidão e desempenho em funções executivas |
Autor(es): | CASTELLON, Luís Augusto Soares |
Palavras-chave: | Adição ao smartphone; Solidão; Funções Executivas |
Data do documento: | 8-Mai-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CASTELLÓN, Luís Augusto Soares. Relações entre o uso do smartphone, solidão e desempenho em funções executivas. Dissertação (Mestrado em Psicologia Cognitiva) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | O crescente uso das tecnologias digitais na contemporaneidade leva a preocupações globais acerca das repercussões psicoafetivas e cognitivas em seus usuários. A presente dissertação teve por objetivo investigar a relação da adição ao smartphone com a experiência de solidão e com as funções executivas de universitários brasileiros. O trabalho dividiu-se em dois estudos quantitativos, correlacionais e transversais. No Estudo 1, objetivou-se investigar a relação entre adição ao smartphone e a experiência de solidão. Foram empregados um Questionário Sociodemográfico e as versões brasileiras do Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR) e da Loneliness Scale (UCLA). Participaram 427 universitários (60,48% feminino), com idade média de 22,89 ± 4,4 anos. Os resultados apontam que os universitários passam em média 6,26 ± 3,23 horas diárias utilizando o smartphone em dias da semana e 7,47 ± 3,70 horas aos finais de semana. A adição ao smartphone correlacionou-se positivamente com a solidão (rho = 0,281, p < 0,001), ainda que controlados os conteúdos mais frequentemente acessados (estudo, trabalho, entretenimento, redes sociais e jogos), sendo maior no sexo femino (U = 8818,00; p = 0,001; r = 0,247). O Estudo 2 objetivou investigar a relação entre adição ao smartphone e as funções executivas de controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva de voluntários do primeiro estudo. Foram empregados os testes neuropsicológicos: Five Digit Test (FDT), Figura Complexa de Rey A, Digit Span (Ordem Direta e Inversa) e Trail Making Test (A e B). Participaram 75 universitários (58,66% feminino), com idade média de 21,82 ± 2,55 anos. Os resultados apontam correlação significativa entre pior desempenho de flexibilidade cognitiva (FDT) e adição ao smartphone (r = 0,291, p = 0,015), ainda que controlados os conteúdos mais acessados no aparelho. Não foi possível observar correlações significativas entre os resultados dos demais testes neuropsicológicos e a adição ao smartphone. No entanto, uma análise de regressão múltipla [F(8, 66) = 8,859, p < 0,001; R = 0,72; R2 = 0,518; R2 Ajustado = 0,459], indica que 45,90% da variância da adição ao smartphone é predita pela idade (B = -0,465, p = 0,024), horas de sono por noite (B = -2,007, p < 0,001), anos de uso diário de um smartphone (B = 0,568 , p = 0,009), horas de uso diário do smartphone aos finais de semana (B = 0,457, p = 0,002), conteúdos de entretenimento (B = 2,058, p = 0,015), solidão (B = 0,141, p < 0,001) e pontuação do Digit Span Ordem Direta (B = -0,723, p = 0,002) e Inversa (B = 0,735, p = 0,001). Os achados da dissertação sugerem que a adição ao smartphone é acompanhada da experiência de solidão e de rigidez cognitiva. O perfil dos usuários adictos é o de jovens que utilizam o smartphone há mais anos, que passam mais tempo no aparelho aos finais de semana, consomem mais conteúdos de entretenimento, sentem-se mais solitários, dormem mal e têm menor flexibilidade cognitiva. Sublinha-se a urgência de intervenções voltadas à conscientização sobre o uso saudável da tecnologia, promovendo estratégias de autorregulação digital e desenvolvimento de habilidades socioemocionais de universitários. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65536 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Psicologia Cognitiva |
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