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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65680

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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorSILVA, Maria das Graças e-
dc.contributor.authorSILVA, Rebeca Gomes de Oliveira-
dc.date.accessioned2025-09-02T11:20:39Z-
dc.date.available2025-09-02T11:20:39Z-
dc.date.issued2025-04-30-
dc.identifier.citationSILVA, Rebeca Gomes de Oliveira. É verde o que se pinta de verde?: as expropriações das comunidades tradicionais impactadas pelo Complexo de Suape/PE no contexto da crise (2014-2022). 2025. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65680-
dc.description.abstractEsta tese tem como objetivo analisar a particularidade das expropriações das comunidades tradicionais que permanecem no território onde hoje está instalado o Complexo Industrial e Portuário de Suape, localizado no litoral sul de Pernambuco, no contexto da crise do capital, especificamente entre os anos de 2014 a 2022. Em tal período, a economia brasileira foi fortemente impactada pela queda do preço das commodities e pelo acirramento do neoliberalismo no contexto internacional, resultando no golpe de Estado de 2016, na intensificação das privatizações e no avanço das apropriações dos bens comuns da natureza enquanto saídas (in)sustentáveis para a crise ecológica. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco, esses impactos foram sentidos demandando uma reconfiguração na forma de o capital explorar o território onde está instalado o Complexo de Suape. Fundamentado na teoria social crítica e no método de Marx, os aspectos teóricos e históricos foram apreendidos por meio de dois procedimentos metodológicos: a pesquisa bibliográfica, orientada à apreensão do sistema correlato e simultâneo das expropriações no capitalismo, sua expressão nos países dependentes, destacando o lugar do Brasil e do Nordeste, e sua relação com os combustíveis fósseis e com a energia verde; e a pesquisa documental, direcionada aos documentos oficiais do Complexo de Suape, os ofícios e informativos do Fórum Suape Espaço Socioambiental, aos Inquéritos Civis do Ministério Público de Pernambuco e aos Boletins de Ocorrência registrados pela própria comunidade nas Delegacias de Polícia do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A argumentação principal levantada é de que as expropriações das comunidades tradicionais, por serem parte inerente da dinâmica do capitalismo no território onde está instalado o Complexo de Suape, permanecem no contexto marcado pela crise e possuem particularidades engendradas pelo novo reordenamento territorial, pelo fortalecimento do discurso verde e pela tentativa de retomar o crescimento econômico no estado de Pernambuco, adequando-se às transformações no capitalismo contemporâneo. Os resultados encontrados possibilitam apreender que a dinâmica do Complexo de Suape mantém estreita relação com as transformações do capitalismo no cenário internacional, voltando-se aos nichos de mercado de maior lucratividade. Desse modo, conserva-se a relação com a cadeia produtiva do petróleo e abre-se para o novo ciclo de expansão ligado à energia verde e ao processo de descarbonização como o mercado de carbono. Esse processo intensificou a pressão por maior apropriação do território, tanto para a instalação de novas empresas quanto para a concretização da zona de preservação, forçando, assim, a visando garantir a total disponibilidade do território para o capital. Nesse sentido, a invocação da sustentabilidade, que antes comparecia associada à marca da empresa Suape como parte de sua propaganda, na atual etapa intensifica o seu caráter ideopolítico, cujo fim último é atrair investimentos de modo a integrar a cadeia produtiva das energias limpas, ao tempo em que confere legitimidade aos processos de expropriação, pois o capital reestrutura tudo para manter a sua lógica frenética de acumulação, contando, para tanto, com o decisivo papel do Estado, seja como financiador, agenciador ou mesmo executor, como é o caso de Suape, uma empresa pública.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/pt_BR
dc.subjectExpropriaçãopt_BR
dc.subjectComplexo de Suapept_BR
dc.subjectComunidades tradicionaispt_BR
dc.subjectCadeia produtiva do petróleopt_BR
dc.subjectEnergias Verdespt_BR
dc.titleÉ verde o que se pinta de verde? : as expropriações das comunidades tradicionais impactadas pelo Complexo de Suape/PE no contexto da crise (2014-2022)pt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6124429992531704pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1370572660294004pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Servico Socialpt_BR
dc.description.abstractxEsta tesis tiene como objetivo analizar la particularidad de las expropiaciones de comunidades tradicionales que permanecen en el territorio donde hoy se encuentra el Complejo Industrial y Portuario de Suape, ubicado en la costa sur de Pernambuco, en el contexto de la crisis del capital, específicamente entre los años 2014 y 2022. En este período, la economía brasileña fue fuertemente impactada por la caída de los precios de las commodities y la intensificación del neoliberalismo en el contexto internacional, resultando en el golpe de Estado de 2016, la intensificación de las privatizaciones y el avance de las apropiaciones de los bienes comunes de la naturaleza como soluciones (in)sostenibles a la crisis ecológica. En el Nordeste, específicamente en Pernambuco, estos impactos fueran notables, exigiendo una reconfiguración de la forma en que el capital explora el territorio donde está ubicado el Complejo de Suape. Con base en la teoría social crítica y el método de Marx, se capturaron los aspectos teóricos e históricos a través de dos procedimientos metodológicos: investigación bibliográfica, orientada a comprender el sistema relacionado y simultáneo de expropiaciones en el capitalismo, su expresión en los países dependientes (destacando el lugar de Brasil y el Nordeste), y su relación con los combustibles fósiles y las energías verdes; y la investigación documental, orientada a documentos oficiales del Complejo de Suape, las cartas e informaciones del Foro Suape Espacio Socioambiental, las Investigaciones Civiles del Ministerio Público de Pernambuco y los Atestados Policiales registrados por la propia comunidad, en las Comisarías locales de Cabo de Santo Agostinho y Ipojuca. El principal argumento planteado es que las expropiaciones de comunidades tradicionales, por ser parte inherente de la dinámica del capitalismo en el territorio donde está ubicado el Complejo de Suape, permanecen en el contexto marcado por la crisis y tienen particularidades engendradas por la nueva reorganización territorial, el fortalecimiento del discurso verde y el intento de retomar el crecimiento económico en el estado de Pernambuco, adaptándose a las transformaciones del capitalismo contemporáneo. Los resultados encontrados permiten comprender que las dinámicas del Complejo Suape mantienen una estrecha relación con las transformaciones del capitalismo en el escenario internacional, apuntando a nichos de mercado con mayor rentabilidad. De esta manera, se mantiene la relación con la cadena productiva del petróleo y se abre al nuevo ciclo de expansión ligado a las energías verdes y al proceso de descarbonización como es el mercado de carbono. Este proceso acentuó la presión por una mayor apropiación del territorio, tanto para la instalación de nuevas empresas como para la implementación de la zona de preservación, obligando así a la expropiación de las comunidades, mediante el uso de la violencia y el discurso verde , con el objetivo de garantizar la disponibilidad total del territorio para el capital. En este sentido, el requerimiento de la sostenibilidad (que antes aparecía asociada a la marca de la empresa Suape como parte de la publicidade), en la etapa actual intensifica su carácter ideopolítico, cuyo último fin es atraer inversiones para integrar la cadena productiva de energías limpias. Legitimando, al mismo tiempo, los procesos de expropiación, ya que el capital lo reestructura todo para mantener su frenética lógica de acumulación, contando con el papel decisivo del Estado, ya sea como financista, agente o incluso albacea, como es el caso de Suape, una empresa pública.pt_BR
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