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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65885
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Título: | Com os pés e mãos no canteiro : a prática pedagógica dialógica de Desenho-Construção1 em busca de uma completude no ensino de arquitetura |
Autor(es): | MARCONDES, Luiz Ricardo Fonseca |
Palavras-chave: | desenho-construção; canteiro experimental; ensino de arquitetura |
Data do documento: | 25-Jul-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | MARCONDES, Luiz Ricardo Fonseca. Com os pés e mãos no canteiro: a prática pedagógica dialógica de Desenho-Construção1 em busca de uma completude no ensino de arquitetura. 2025. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | A presente tese investiga a formação profissional contemporânea nas escolas brasileiras de Arquitetura. Com um enfoque social crítico, analisam-se as dificuldades no ensino prático da disciplina de projeto, decorrentes da histórica separação pedagógica entre as atividades de Desenho (concepção) e Construção (execução) nas estruturas curriculares. A pesquisa contextualiza a formação em Arquitetura no Brasil em um panorama excludente que perdura até hoje, resultado, entre outros fatores, de 350 anos de escravidão, manifestado em toda a estrutura social. Adota-se, assim, um recorte que situa essa formação no seio de uma sociedade estratificada, que historicamente desvalorizou o trabalho braçal. No contexto profissional e acadêmico da Arquitetura, busca-se demonstrar que a dissociação entre Desenho e Construção reproduz, consciente ou inconscientemente, a exclusão e o preconceito de classes, impactando negativamente o ensino e a prática arquitetônica. Interessa, sobretudo, averiguar em que medida a formação em Arquitetura é resultado de um processo pedagógico fragmentado, onde concebemos ideias e terceirizamos a prática àqueles na base da pirâmide social: os operários da construção civil, os "peões". A estrutura curricular dos cursos de Arquitetura foi historicamente desenhada para a manutenção do status quo, subalternizando o trabalho braçal desenvolvido por pedreiros, marceneiros, carpinteiros, serralheiros e outros artesãos do canteiro de obras, nunca devidamente inserido nos currículos como parte integrante da pedagogia das escolas de Arquitetura. Amparada nas obras de Paulo Freire, Sérgio Ferro e Chad Kraus, entre outras, a pesquisa procura entender os obstáculos à implementação de práticas pedagógicas dialógicas na formação em Arquitetura, a partir de um entendimento da história da sociedade brasileira, suas tensões de classes e estratificação. Estruturado em quatro capítulos, o trabalho foi desenvolvido com base no método hipotético-dedutivo, com a aplicação de entrevistas semiestruturadas de base qualitativa com 30 participantes, entre estudantes e profissionais da Arquitetura que atuaram em ações imersivas em canteiros de obra experimentais. Os resultados revelaram que o distanciamento do canteiro de obras gera uma formação incompleta, não holística e socialmente empobrecida, onde a práxis arquitetônica, no sentido Freireano, foi desintegrada. A incorporação da abordagem de imersão prática e dialógica de Desenho- Construção no âmbito da formação em Arquitetura no Brasil apresenta-se como uma tentativa de resposta a essa formação fragmentada e preconceituosa, buscando a completude ao unificar pedagogicamente o Desenho e a Construção nos currículos das escolas brasileiras. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/65885 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Desenvolvimento Urbano |
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