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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66024

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Título: Cartilha educacional para a promoção do autocuidado de pacientes em uso de anticoagulantes orais à Luz da Teoria de Orem
Autor(es): GONÇALVES, Karyne Kirley Negromonte
Palavras-chave: Educação em saúde; Tecnologia educacional; Promoção da saúde; Anticoagulantes; Autocuidado; Enfermagem
Data do documento: 27-Ago-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GONÇALVES, Karyne Kirley Negromonte. Cartilha educacional para a promoção do autocuidado de pacientes em uso de anticoagulantes orais à Luz da Teoria de Orem. 2025. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Os anticoagulantes orais são medicamentos utilizados com a finalidade de evitar processos tromboembólicos, sendo necessário o acompanhamento laboratorial regular e adoção de medidas que promovam o autocuidado, adesão medicamentosa e prevenção de complicações, por meio de informação. A atuação dos profissionais de enfermagem requer uma assistência integral voltada ao paciente anticoagulado. As tecnologias educacionais são ferramentas que podem auxiliar nas ações de educação em saúde a esta clientela. Objetivo: Descrever o processo de construção e avaliação de uma cartilha educacional para a promoção do autocuidado de pacientes em uso de anticoagulantes orais à Luz da Teoria de Orem. Método: Foi realizado um estudo metodológico, de abordagem mista aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFPE CAAE no 75807223.4.0000.5208 e parecer no 6.599.106 nas seguintes etapas: 1) Identificação dos conhecimentos necessários para o desenvolvimento de práticas de autocuidado, por meio de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de identificar os conhecimentos necessários para o autocuidado de pacientes em uso de anticoagulantes orais, nas seguintes fontes de dados BVS, BIREME, WEB OF SCIENCE, PUBMED e SCOPUS. A análise dos seis artigos possibilitou identificar que os conhecimentos necessários acerca dos anticoagulantes orais interferem diretamente na adesão ao tratamento medicamentoso e no autocuidado destes pacientes. Evidenciou-se a busca de informação e conhecimento como estratégia de autocuidado, além do déficit de práticas específicas de autocuidado no uso do medicamento anticoagulante. 2) Identificação do conhecimento e necessidades de pacientes acompanhados ambulatorialmente a respeito dos anticoagulantes orais, por meio de grupos focais com pacientes em uso permanente da medicação em um hospital de referência Norte-Nordeste em Cardiologia, em Recife-PE, Brasil, no período de janeiro e fevereiro de 2024. Os dados foram produzidos a partir de entrevistas gravadas com o auxílio do roteiro semiestruturado elaborado pelos pesquisadores. A análise qualitativa foi instrumentalizada pelo Software IRAMUTEQ. Os achados foram interpretados de acordo com os requisitos do autocuidado propostos pela Teoria de Dorothea Orem, no qual foram identificadas e nomeadas as classes geradas pelo software IRAMUTEQ. Resultados: Da análise dos dados emergiram três eixos temáticos e suas respectivas classes: “requisitos universais”, “requisitos de desenvolvimento” e “requisitos de desvios de saúde”. A amostra dos cinco grupos focais foi composta por 20 participantes com média de idade de 60,5 anos (DP± 12,12). Os resultados revelam que os pacientes enfrentam déficits de autocuidado especialmente relacionados ao medicamento. Destacaram-se dificuldades no acesso a informações medicamentosas, no controle da coagulação e na adesão ao tratamento. Além disso, os participantes relataram mudanças no estilo de vida, como alterações alimentares, limitações físicas e preocupações financeiras. Sentimentos de insegurança e ansiedade frente à terapia contínua com o medicamento foram frequentes. A tecnologia educacional construída e validada nas etapas seguintes do estudo, que emergiu dos grupos focais foi a do tipo cartilha educacional. 3) Construção e validação da cartilha educacional para a promoção do autocuidado para pacientes anticoagulados alinhadas às necessidades específicas identificadas nos encontros grupais. O estudo foi alicerçado pelos pressupostos da Teoria de Orem, literatura científica, pelas recomendações acerca das orientações para a concepção de materiais educativos e necessidades dos participantes que emergiram dos grupos focais. O processo de construção e validação da cartilha educacional foi realizado no período de abril de 2024 a janeiro de 2025. A versão final da cartilha possui 42 páginas divididas em sessões relacionadas à terapêutica, necessidades e experiências vivenciadas pelos pacientes. Participaram da validação de conteúdo 26 juízes enfermeiros especialistas e da avaliação de aparência 12 pacientes considerados público-alvo. Utilizou-se o instrumento de validação de conteúdo educativo em saúde (IVCES). A cartilha educacional obteve Índice de Validade de Conteúdo por Item (I-IVC) geral de 0,97, obtendo nível de concordância alto entre os juízes. Quanto à avaliação da aparência, utilizou-se o Instrumento de 10 Validação de Aparência de Tecnologias Educacionais em Saúde (IVATES), sendo o I-IVC geral de 0,98, indicando que tecnologia foi considerada adequada pelo público-alvo. Conclusão: A cartilha educacional criada é válida, e, portanto, poderá ser utilizada e compartilhada com pacientes anticoagulados e profissionais de saúde, em especial enfermeiros, que realizam educação em saúde a este público. Espera-se que a implementação da cartilha possa promover o autocuidado, fortalecer a adesão medicamentosa e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66024
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Enfermagem

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