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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66585
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Campo DC | Valor | Lengua/Idioma |
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dc.contributor.advisor | SIQUEIRA, Elton Bruno Soares de | - |
dc.contributor.author | LINS, Artur de Lima Barretto | - |
dc.date.accessioned | 2025-10-17T01:57:44Z | - |
dc.date.available | 2025-10-17T01:57:44Z | - |
dc.date.issued | 2025-07-31 | - |
dc.identifier.citation | LINS, Artur de Lima Barretto. O machismo mata sem pedir permissão, mas o Direito a concede: a 'legítima defesa da honra' sob a ótica dos estudos críticos do discurso. 2025. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/66585 | - |
dc.description.abstract | Esta pesquisa investiga a persistência da tese da “legítima defesa da honra” como argumento para justificar a violência contra a mulher no sistema penal brasileiro. Argumenta-se que o discurso jurídico, historicamente influenciado por uma masculinidade patriarcal hegemônica, desempenha papel crucial na legitimação e reprodução dessa violência, criando um sistema de cumplicidade institucional. Utilizando como base teórica a Criminologia Crítica (Andrade, 2005), os Estudos de Gênero (Connell, 2005, 2013; Saffioti, 2015; Butler, 2018, 2019) e os Estudos Críticos do Discurso (ECD) com abordagem sociocognitiva de Teun Van Dijk (2010, 2012, 2014), a pesquisa emprega uma metodologia qualitativa para analisar documentos judiciais (sentenças do Tribunal do Júri, acórdãos do STJ e STF, incluindo a ADPF 779 e um Habeas Corpus) e material jornalístico. O objetivo é desvelar as estratégias discursivas e os modelos mentais, perpassados por ideologias subjacentes, que sustentam a dominação e a desigualdade de gênero no âmbito jurídico. A análise revela que decisões judiciais, ao utilizarem estratégias como a minimização da responsabilidade do agressor, a culpabilização da vítima e a naturalização da violência masculina, reproduzem ideologias patriarcais e manifestam o que se denomina “clemência-cumplicidade”– a absolvição ou leniência judicial influenciada por essa lógica. Contudo, as recentes decisões do STF (ADPF 779 e Tema 1087) e do STJ analisadas representam um contraponto discursivo significativo, ao banirem formalmente a tese da “legítima defesa da honra” e reforçarem a primazia da dignidade humana e do direito à vida sobre códigos de honra masculinos. A pesquisa conclui que, apesar dos avanços normativos, a lógica patriarcal persiste implicitamente em algumas práticas judiciais, evidenciando a adaptação das estruturas de poder. A superação efetiva da violência de gênero no sistema de justiça criminal exige uma transformação cultural e pedagógica mais profunda, capaz de desnaturalizar a masculinidade violenta e promover modelos mentais equitativos entre os operadores do direito. As descobertas apontam para a necessidade de monitorar a aplicação das novas diretrizes, a partir dos julgados analisados, e de investigar a resiliência dos vieses de gênero, sugerindo caminhos para futuras pesquisas que aprofundem essa compreensão complexa. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights.uri | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ | pt_BR |
dc.subject | Direitos Humanos | pt_BR |
dc.subject | Masculinidade | pt_BR |
dc.subject | Violência contra a mulher | pt_BR |
dc.subject | Direito Penal | pt_BR |
dc.subject | Estudos críticos do discurso | pt_BR |
dc.title | O machismo mata sem pedir permissão, mas o Direito a concede: a 'legítima defesa da honra' sob a ótica dos estudos críticos do discurso | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | LEAL, Maria Virgínia | - |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/9212139071842076 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/9873616369915131 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos | pt_BR |
dc.description.abstractx | This research investigates the persistence of the “legitimate defense of honor” thesis as an argument to justify violence against women in the Brazilian criminal justice system. It argues that the legal discourse, historically influenced by a hegemonic patriarchal masculinity, plays a crucial role in legitimizing and reproducing this violence, creating a system of institutional complicity. Using Critical Criminology (Andrade, 2005), Gender Studies (Connell, 2005, 2013; Saffioti, 2015; Butler, 2018, 2019) and Critical Discourse Studies (CDS) with a socio-cognitive approach by Teun Van Dijk (2010, 2012, 2014) as its theoretical basis, the research employs a qualitative methodology to analyze judicial documents (Jury Court sentences, STJ and STF rulings, including ADPF 779 and a Habeas Corpus) and journalistic material. The aim is to unveil the discursive strategies and mental models, permeated by underlying ideologies, which sustain gender domination and inequality in the legal sphere. The analysis reveals that judicial decisions, by employing strategies such as minimizing the aggressor's responsibility, blaming the victim and naturalizing male violence, reproduce patriarchal ideologies, manifesting what is known as “clemency- complicity” - the acquittal or judicial leniency influenced by this logic. However, the recent STF (ADPF 779 and Theme 1087) and STJ decisions analyzed represent a significant discursive counterpoint, formally banning the “legitimate defense of honor” thesis and reinforcing the primacy of human dignity and the right to life over male codes of honor. The research concludes that, despite the normative advances, the patriarchal logic persists implicitly in some judicial practices, showing the adaptation of power structures. Effectively overcoming gender-based violence in the criminal justice system requires a deeper cultural and pedagogical transformation that denaturalizes violent masculinity and promotes equitable mental models among legal operators. The findings point to the need to monitor the application of the new guidelines, based on the judgments analyzed, and to investigate the resilience of gender biases, suggesting avenues for future research to deepen this complex understanding. | pt_BR |
dc.contributor.advisor-coLattes | http://lattes.cnpq.br/6702400671945298 | pt_BR |
Aparece en las colecciones: | Dissertações de Mestrado - Direitos Humanos |
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