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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24843
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Título: | Aplicação da tomografia por coerência óptica na avaliação do comprometimento da mucosa labial na esclerose sistêmica |
Autor(es): | PIRES, Natalia Sotero Machado |
Palavras-chave: | Reumatologia; Esclerose sistêmica; Tomografia de coerência óptica; Mucosa oral |
Data do documento: | 7-Dez-2016 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | A esclerose sistêmica (ES) é uma desordem crônica do tecido conjuntivo caracterizada pela fibrose da pele, dos vasos sanguíneos e de alguns órgãos, geralmente diagnosticada em estágio avançado, a partir de manifestações clínicas, associadas a exames complementares. Diante deste quadro,faz-se necessária a utilização de novos métodos de diagnóstico que possam contribuir para a identificação precoce da patologia. Dessa forma, esse estudo teve por objetivo avaliar as características qualitativas e quantitativas da mucosa do lábio inferior utilizando a Tomografia por Coerência Óptica (OCT) e sua associação com parâmetros clínicos em pacientes com ES. Trata-se de um estudo clínico observacional com 68 voluntários: 33 portadores de ES (GES), que preencheram os critérios ACR/EULAR, 18 da forma cutânea limitada (FL) e 15 da difusa (FD), sendo 28 do sexo feminino com média de idade de 46,1 anos, recrutados do serviço de Reumatologia do HC-UFPE. O grupo controle (GC) foi constituído de 35 indivíduos saudáveis, sendo 28 do sexo feminino com média de idade de 39,2 anos. Todos eles foram submetidos a avaliação da mucosa labial inferior pelo OCT. As imagens passaram por um processamento computacional com o programa Matlab, medindo a densidade óptica, e medidas da espessura das camadas em µm e quantidade de pixel nos tons de cinza foram realizadas utilizando o ImageJ. Para análise estatística, os dados foram tabulados em Excel e analisados pelo SYSTAT 9.0 Version Demo, considerando o valor estatístico significante de p<0.05. Observou-se que a densidade óptica em 300 µm de profundidade foi maior nos pacientes com ES quando comparado com o GC (0.87 e 0.82, respectivamente), p=0.016. A espessura do epitélio da mucosa labial no GES e no GC foi de290.90µm e de 442.63 µm, respectivamente, com p<0.0001, e a quantidade de pixels encontrada no tom de cinza 96 da camada externa foi de 315.79 pixels (GES) e 576.71 pixels (GC), p<0.0001, e da camada total, 764.27 pixels(GES) e 1013.14 pixels (GC), p=0.0001. Não houve diferença estatística significante na espessura do epitélio obtida, pelo OCT entre as fases precoce e estabelecida nas formas FL (p=0.9) e FD (p=0.4), podendo-se inferir que, mesmo na fase precoce, independente da forma clínica, os pacientes já apresentam alterações no espessamento deste epitélio similar com as fases de diagnóstico estabelecido. Nas correlações com os parâmetros tempo de doença, forma clínica, escore de Rodnan modificado, fenômeno de Raynaud,úlceras digitais, doença pulmonar intersticial, hipertensão arterial pulmonar, disfunção esofagiana e envolvimento músculo esquelético, não foi encontrada associação estatística. Desta forma, conclui-se que a avaliação da mucosa com o OCT mostrou características que a difere entre os grupos GC e GES, e acredita-se que, em analogia com a utilização do escore de Rodnan modificado para determinação do espessamento da pele no diagnóstico precoce e resposta terapêutica da ES, a identificação do envolvimento da mucosa labial possa ser um método complementar com igual importância. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24843 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Odontologia |
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