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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27665

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Título: Recursos cognitivos mobilizados na prática do debate crítico e do Modelo Tradicional: um estudo comparativo
Autor(es): BARROS, Natália Alexandre
Palavras-chave: Psicologia cognitiva; Discussões e debates; Raciocínio; Pensamento crítico; Pensamento reflexivo; Argumentação; Debate regrado
Data do documento: 28-Fev-2014
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Este trabalho teve como objetivo investigar as competências cognitivas mobilizadas nos participantes de dois modelos de debates, a saber, o modelo nomeado de “Tradicional”, que faz referência aos modelos políticos utilizados em sala de aula, e o modelo de Debate Crítico – (MDC). Assumimos neste trabalho a argumentação como uma atividade discursiva, social e de natureza dialógica/dialética, que leva o indivíduo a justificar pontos de vista, considerar perspectivas opostas, alternativas e responder a oposição com o fim último de aumentar a aceitabilidade do seu ponto de vista e diminuir a aceitabilidade do ponto de vista do oponente. O estudo da argumentação no campo da ciência psicológica é relevante por compreendermos que os movimentos discursivos, que são próprios da argumentação, possibilitam o desenvolvimento do pensamento metacognitivo/reflexivo. Apesar do grande impacto do uso do discurso argumentativo na cognição, quando se propõe o uso da argumentação na sala de aula se tem como foco o desenvolvimento da retórica e a aprendizagem de um gênero específico como por exemplo, o debate regrado. O objetivo é permitir ao estudante o desenvolvimento das habilidades necessárias para a apresentação e defesa públicas das ideias, ou seja, é dada especial ênfase nos aspectos retóricos da argumentação. Com o objetivo de utilizar o debate como ferramenta para o desenvolvimento da cognição, Fuentes (2011) propõe uma nova forma de organizar um debate regrado, denominando-o de Debate Crítico. Este modelo surge como uma crítica aos modelos que tem o foco apenas nos aspectos retóricos, e busca evidenciar os aspectos dialéticos e dialógicos do discurso argumentativo, e favorecer o desenvolvimento do pensamento reflexivo. Tendo em vista os aspectos acima mencionados, o presente trabalho se propôs a comparar os dois modelos de debate em termos das competências cognitivas mobilizadas, com o foco principal no aspecto reflexivo possibilitado na e pela argumentação. O estudo proposto teve uma amostra intencional composta de alunos de duas turmas do ensino médio de uma escola pública da região metropolitana da cidade do Recife. Em uma turma foi executado o modelo de debate crítico (adaptado para sala de aula) e em outra turma o modelo de debate regrado apresentado pelo livro didático como orientado no livro didático adotado pela escola. Foram executados três debates para cada modelo. Os debates foram videogravados. A análise dos dados foi feita em dois níveis: microanalítico e macroanalítico. No nível microanalítico buscou-se identificar o discurso argumentativo dos participante utilizadando a unidade de análise proposta por Leitão (2000) composta de argumento, contra-argumento e resposta, e foi dada especial atenção à resposta, já que na unidade de análise é o indicador empírico do movimento reflexivo. No nível macroanalítico buscou-se comparar os dois grupos de debates em relação à produção argumentativa usando também a unidade de análise. Os resultados obtidos demonstraram que os movimentos cognitivos mobilizados pelo modelo de debate tradicional foi, em sua maioria, a formulação de um ponto de vista e, quando solicitado, a sua justificativa. Já as competências mobilizadas pelo modelo de debate crítico foram de explicitar pontos de vista, justificar, formular e responder contra-argumentos.
Descrição: SANTOS, Selma Leitão, também é conhecida em citações bibliográficas por: LEITÃO, Selma
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27665
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia Cognitiva

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