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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27706
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Title: | Impacto do ruído ambiental da unidade de terapia intensiva neonatal sobre as respostas de estresse em recém-nascidos prematuros |
Authors: | BEZERRA, Andrezza de Lemos |
Keywords: | Prematuro; Ruído; Estresse fisiológico; Unidades de terapia intensivaneonatal |
Issue Date: | 15-Mar-2017 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | Unidades de terapia intensiva neonatais são ambientes onde há estimulação excessiva e podem interferir no curso normal de desenvolvimento de prematuros. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o nível de pressão sonora de uma unidade de terapia intensiva neonatal de referência e avaliar as respostas fisiológica e motora de recém-nascidos prematuros, desencadeada por um estímulo estressante, através da exposição ao ruído, em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Foi realizado um estudo observacional em duas etapas: avaliação do ruído ambiental da unidade e avaliação da resposta neonatal de estresse. Para a primeira etapa, foi utilizado um decibelímetro para mensurar o nível de pressão sonora a cada 5 segundos, por 24h, durante uma semana. Durante o período do estudo foram entrevistados pais e profissionais inseridos na unidade sobre a percepção do ruído. Para a segunda etapa, foram incluídos prematuros com idade gestacional inferior a 37 semanas, de ambos os sexos, com indicação de aspiração naso ou endotraqueal, que estavam em uso do aspirador de ar comprimido, em três momentos: antes, durante e após a exposição ao ruído do aspirador. A avaliação da resposta fisiológica constou dos parâmetros fisiológicos frequência cardíaca (FC),frequência respiratória (FR) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Para aavaliação motora, foram obtidas 3 filmagens do recém-nascido, de 5 minutos cada, para a quantificação de repetições de movimentos relacionados a estresse apresentados pelo recém-nascido pré-termo. Além da resposta motora, também foi aplicada uma escala para avaliação de dor. Os valores médios registrados em todos os períodos (manhã, tarde, noite e madrugada) permaneceram acima de 60 dB (66,5 ± 1,255; 66,0 ± 1,199; 65,5 ± 1,164; 64,2 ± 0,975, respectivamente). Não houve diferença significativa entre o período da manhã, tarde e noite, sendo a madrugada o momento menos ruidoso. Sobre a resposta fisiológica, foi verificado um aumento significativo na FR, quando comparados os momentos antes e durante (47,09 ± 11,97 e 49,49 ± 13,34; p<0,02). Não houve alteração significativa da FC e SpO2 quando comparados os momentos antes, durante e depois. Acerca da resposta motora, foi observado um aumento significativo na contagem total de movimentos, na frequência de extensão de perna e extensão de braço, quando comparados os momentos antes e após a exposição ao ruído (p< 0,05). Porém, não houve variabilidade do percentual de recém-nascidos que apresentaram dor, quando comparados os momentos antes, durante e depois (p=0,704). Os níveis de ruído encontrados em todos os turnos estavam acima do recomendado, o que reforça a necessidade de implementação de medidas de humanização e conscientização para minimizar os efeitos nocivos causados pelo ruído, considerando que os dados das avaliações fisiológica e motora sugerem que, mesmo de curta duração, uma exposição a ruído torna-se um estímulo estressor e pode alterar a FR do prematuro, levando ao seu incremento, além de aumento da frequência de determinados movimentos relacionados a estresse, principalmente extensão de pernas e braços, com consequente aumento do trabalho respiratório, gasto energético e reforço de padrões motores anormais. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27706 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado - Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento |
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