Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29735
Compartilhe esta página
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | SILVA, Hilton Justino da | - |
dc.contributor.author | AMORIM, Geová Oliveira de | - |
dc.date.accessioned | 2019-03-18T17:36:04Z | - |
dc.date.available | 2019-03-18T17:36:04Z | - |
dc.date.issued | 2018-02-02 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29735 | - |
dc.description.abstract | Partindo da hipótese que padrões vocais alterados decorrentes de desconforto vocal resultam em ajustes musculares cujo engrama pode ser alterado por terapias que podem incluir o biofeedback, procedeu-se a duas revisões sistemáticas e a uma pesquisa de campo. A primeira revisão sistemática, sob tema “Biofeedback nas disfonias – desafios, vantagens e desvantagens”, disponibilizada na rede Internet antecedendo publicação no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, teve por objetivo apresentar as evidências da aplicação do biofeedback para tratamento de distúrbios vocais, enfatizando a disfonia por tensão muscular. A segunda revisão sistemática, sob tema “Contribuições da neuroimagem no estudo da voz cantada”, publicada no periódico Revista CEFAC – Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, visou apresentar as evidências originadas por estudos de neuroimagem sobre a atuação do sistema motor e sensitivo na produção do canto. Com base nas evidências apresentadas nas revisões sistemáticas, lançou-se a hipótese de que o treinamento com biofeedback eletromiográfico pode contribuir para que cantores procedam a ajustes que harmonizem a contração dos grupos musculares envolvidos no canto. Para tanto elaborou-se ensaio clinico com intervenção por seis semanas ininterruptas, envolvendo cantores com desconforto vocal distribuídos em três grupos segundo treinamento a que foram submetidos no ambulatório de artes vocais da Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas, no período de janeiro de 2015 a junho de 2017. Uma amostra aleatória, simples, estratificada incluiu 21 sujeitos com idade igual ou maior que 18 anos, independente de gênero, exercício de atividade de cantor por período mínimo de três anos, independente do estilo de canto; referência de queixa de desconforto vocal ao cantar e aceitação de participar de treinamento vocal. Foram adotados seis instrumentos de coleta: a) questionário de identificação de queixas e sinais evidentes da presença de alterações na voz; b) autoavaliação do desconforto vocal; c) índice de desvantagem vocal ao cantar o repertório e ao cantar uma música escolhida pelo participante para ser avaliado (IDVCM); d) escala de desconforto do trato vocal (EDTV), e) avaliação funcional da voz cantada, realizada por três juízes independentes e f) avaliação eletromiográfica de superfície dos músculos supra e infra-hioideos e dos esternocleidomastoideos direito e esquerdo, durante repouso e no canto. Os sujeitos da amostra foram distribuídos em três grupos equitativos segundo treinamento durante seis sessões, com duração de 30 minutos, sendo um caracterizado por biofeedback eletromiográfico exclusivo (grupo 1), outro com biofeedback eletromiográfico associado a treinamento tradicional (grupo 2) e um terceiro grupo submetido exclusivamente a treinamento tradicional (grupo 3). As variações de desconforto vocal, índice de desvantagem vocal no canto moderno, escala de desconforto vocal, avaliações da facilidade para cantar realizada pelos juízes e de atividade elétrica muscular foram analisadas pelo teste de t de Student, pareado para comparação intragrupo e teste ANOVA, com post-hoc de Bonferroni, para comparação intergrupos. Procedeu-se também à análise de correlação bivariada e multivariada. Foram respeitados os preceitos éticos contidos na Resolução nº 466 de 2012. Os três grupos de treinamento apresentaram redução de desconforto vocal, IDVCM e EDTV, variações na atividade elétrica dos músculos estudados, melhora do desempenho no canto após treinamento representados por maior facilidade para cantar. Constatou-se significância estatística na diferença entre o grupo 1 e os demais grupos para: redução de desconforto no canto do repertório (p=0,006 para grupo 2 e p< 0,001 para grupo 3) e na música teste (p=0,009 para grupo 2 e p<0,001 para grupo 3); variação da atividade elétrica do ECOM direito durante o canto (p=0,012 para grupo 2 e p=0,030 para grupo 3) e ECOM esquerdo (p=0,049 para grupo 2); maior facilidade para cantar exceto para efeitos vocais. Houve associação significante entre redução do desconforto vocal e aumento da facilidade para cantar. Para o grupo 1, houve associação positiva da maior facilidade para cantar com aumento da atividade elétrica dos músculos supra-hioideos durante o canto, antes do treinamento (r=0,848; p=0,016), desaparecendo após o treinamento, bem como maior atividade elétrica dos músculos infra-hioideos e menor desconforto vocal (p=0,044). Houve também associação negativa entre atividade elétrica do ECOM esquerdo e desconforto vocal após treinamento, para os cantores do gruo 2 (r=0,433; p=0,017). No grupo 3, houve associações restritas aos músculos supra-hioideos (r= -0,855; p=0,014, no canto do repertório, e r= -0,764; p=0,045, na música teste), após treinamento, e ECOM direito (r=0,781; p= 0,038) antecedendo o treinamento, para o canto do repertório. Conclusões: o biofeedback eletromiográfico gera uma nova representação mental na forma de cantar contribuindo para a redução do desconforto vocal de cantores não eruditos. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | CNPq | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Fonoaudiologia | pt_BR |
dc.subject | Voz | pt_BR |
dc.subject | Música | pt_BR |
dc.subject | Feedback de eletromiografia | pt_BR |
dc.title | Evidências clínicas do biofeedback eletromiográfico em cantores com queixa de desconforto vocal | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | BALATA, Patricia Maria Mendes | - |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/5627973920272801 | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.degree.level | doutorado | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/3580351414151805 | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento | pt_BR |
dc.description.abstractx | Based on the hypothesis that altered vocal patterns due to vocal discomfort result in muscle adjustments whose engram can be altered by therapies that may include biofeedback, two systematic reviews and a field research were performed. The first systematic review, under the theme "Biofeedback in dysphonias - challenges, advantages and disadvantages", made available on Internet prior to publication in the Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, aimed to present the evidence of the application of biofeedback for the treatment of vocal disorders, emphasizing muscle tension dysphonia. The second systematic review, under the theme "Contributions of the neuroimaging in the study of the singing voice", published in CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal, aimed to present the evidences originated by neuroimaging studies on the performance of the motor and sensitive system in the production of singing. Based on the evidence presented in the systematic reviews, it was hypothesized that the training with electromyographic biofeedback can contribute with singers to make adjustments that harmonize the contraction of the muscular groups involved in singing. Therefore, a clinical trial with intervention for six uninterrupted weeks was performed, involving singers with vocal discomfort distributed in three groups according to training, they have undergone at the vocal arts outpatient clinic of the Technical School of Arts of Federal University of Alagoas, from January 2015 to June 2017. A random, simple, stratified sample included 21 subjects aged 18 or over, regardless of gender, reporting singer activity for a minimum period of three years, regardless of singing style; vocal complaint of singing discomfort and acceptance of participating in vocal training. Six collection instruments were adopted: a) questionnaire to identify complaints and evident signs of the presence of voice alterations; b) self-assessment of vocal discomfort; c) Vocal disadvantage index when singing the repertoire and when singing a song chosen by the participant to be evaluated (IDVCM); d) vocal tract discomfort scale (EDTV), e) functional evaluation of the sung voice performed by three independent judges, and e) surface electromyographic evaluation of the supra and infrahyoid muscles and of the right and left sternocleidomastoids, during rest and singing. The subjects were divided into three equitable training groups during six sessions, with a duration of 30 minutes, one characterized by exclusive electromyographic biofeedback (group 1), another with electromyographic biofeedback associated with traditional training (group 2) and a third group submitted exclusively to traditional training (group 3). Variations of vocal discomfort, vocal disadvantage index in modern singing, vocal discomfort scale, judgments of singing facility performed by the judges, and muscular electrical activity were analysed with t Student test, paired for intragroup comparison and ANOVA test, with post-hoc of Bonferroni, for intergroup comparison. Bivariate and multivariate correlation analysis were also performed. The ethical precepts contained in Resolution 466 of 2012 were respected. Our results point out that the three training groups presented reduction of vocal discomfort, IDVCM and EDTV, variations in the electrical activity of the studied muscles, improvement in singing performance after training represented by greater ease of singing. Statistical significance was found in the difference between group 1 and the other groups: reduction of discomfort in the repertory singing (p = 0.006 for group 2 and p <0.001 for group 3) and in the test music (p = 0.009 for group 2 and p <0.001 for group 3); change in the electrical activity of right ECOM during singing (p = 0.012 for group 2 and p = 0.030 for group 3) and left ECOM (p = 0.049 for group 2); easier to sing except for vocal effects. There was a significant association between reduction of vocal discomfort and increased ease of singing. For group 1, there was a positive association of singing with increased electrical activity of the suprahyoid muscles during singing, before training (r = 0.848; p = 0.016), disappearing after training, as well as greater electrical activity of the infra-hyoid muscles and less vocal discomfort (p = 0.044). There was also a negative association between electrical activity of left ECOM and vocal discomfort after training, for the singers of group 2 (r = 0.433; p = 0.017). In group 3, there were associations restricted to the suprahyoid muscles (r = -0.855, p = 0.014, on singing the repertoire, and r = -0.764, p = 0.045, in test music) and right ECOM (r=0.781, p = 0.038) preceding training on singing the repertoire. We concluded that electromyographic biofeedback generates a new mental representation in the form of singing contributing to the reduction of the vocal discomfort of non-erudite singers. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Geova Oliveira de Amorim.pdf | 4,51 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons