Competências do profissional da informação na área da saúde

Abstract

O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil do bibliotecário médico considerando as competências e habilidades requeridas para sua atuação. Trata a respeito da informação em saúde, as bibliotecas universitárias de Ciências da Saúde, e dos perfis dos bibliotecários com as especificidades profissionais nessa área. Aborda ainda sobre a competência informacional e a importância desta temática para a realização do trabalho com informação em saúde. A pesquisa é descritiva, com abordagem quanti-qualitativa. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se de um questionário elaborado por meio dos Formulários Google, com dezessete questões fechadas e abertas. A seleção das instituições respondentes foi realizada a partir do Conceito Preliminar de Curso, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação do Brasil. O referido questionário foi enviado, após pré-teste, por e-mail, às bibliotecas das instituições selecionadas para que fosse respondido por seus bibliotecários. Obteve-se retorno de dezoito profissionais que atuam em onze bibliotecas universitárias de Instituições de Ensino Superior brasileiras. A análise foi embasada nas Competências para Profissionais da Informação em Saúde, da Medical Library Association, dos Estados Unidos, e especificamente, em estudos realizados sobre competências do bibliotecário médico. O principal resultado indica que os profissionais da informação atuantes em bibliotecas universitárias de Ciências da Saúde apresentam competências comuns ao perfil do bibliotecário médico, possuem um mínimo de oito anos de formação e mais de seis anos de atuação na área da saúde. Afirmam que tiveram formação generalista e que estão constantemente buscando atualização em sites e com colegas da área, além de cursos promovidos por instituições que contribuem para o desenvolvimento de recursos informacionais na área da saúde. Estes profissionais indicam como barreira da atuação na área a falta de especializações, a dificuldade no entendimento da terminologia da área da saúde e a inabilidade com idiomas. Desenvolvem em sua maioria atividades relacionadas à pesquisa e estão preocupados com o desenvolvimento das competências informacionais dos seus usuários.