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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32084

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Título: Sexualidades encarceradas: afetos, desejos e prazeres no cotidiano do cortiço-prisão feminino do interior pernambucano
Autor(es): SANTOS, Laerte de Paula Borges
Palavras-chave: Psicologia; Prisioneiras – Comportamento sexual; Mulheres – Comportamento sexual; Identidade de gênero; Prisões; Etnografia
Data do documento: 22-Fev-2018
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Esse estudo intenta compreender como se dão os modos de expressão das sexualidades de pessoas que vivem em situação de prisão face às tecnologias (discursos, saberes, práticas, normas) de regulação dos afetos, desejos e prazeres em uma cadeia feminina no interior pernambucano. A etnografia é a âncora metodológica que permitiu escavar mais profundamente o território da prisão em que pesquisa se desenrolou. Os dados foram coletados através de doze (12) entrevistas que versavam sobre a constituição das suas carreiras sexuais e suas experiências afetivo-sexuais no cárcere. Por conseguinte, os procedimentos de observação-participante (BECKER, 1997; RIOS, 2012) e os diários de campo (FALKEMBACH, 1987), se mostraram importantes artefatos nessa viagem à vida de dentro e de fora da cadeia. Os materiais obtidos foram submetidos às análises etnográficas (MALINOWSKI, 1978; GEERTZ; 2004; DAMATTA, 1978), construídas a partir de dois eixos analíticos: No primeiro, foi possível perceber que na tessitura das trajetórias de vida das pessoas que por aqui sobrevivem, marcadores sociais como raça, classe, gênero e território tem se intersectado e produzido vulnerabilidades à violência, à violação, ao abuso sexual e ao adoecimento, físico e psíquico. O cárcere surge como um efeito dessas múltiplas formas de opressão entrecruzadas. No segundo eixo, que trata das múltiplas formas de expressão das sexualidades na prisão, percebe-se que o seu exercício tem operado como um elemento que constitui as trajetórias de vida das pessoas encarceradas e que organiza a vida dentro do território da prisão. Ao falarmos das sexualidades e dos mecanismos disciplinares que se alijam sobre as prisões estamos falando dos afetos, desejos, prazeres e conjugalidades como possibilidades de (re)existência. Resistência enquanto recriação da vida de dentro, uma vida que é seletivamente capturada e reconfigurada no território da prisão.
Descrição: NASCIMENTO, Luís Felipe Rios do, também é conhecido em citações bibliográficas por: RIOS, Luís Felipe
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32084
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia

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