Skip navigation
Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36741

Share on

Title: Nas fronteiras da história : uma análise dos discursos de Hitler (1933 - 1934 - 1938)
Authors: ARAÚJO, Josefa Monteiro de
Keywords: Análise do discurso; Discurso político; Povo alemão; Hitler; Nazismo
Issue Date: 29-Aug-2019
Publisher: Universidade Federal de Pernambuco
Citation: ARAÚJO, Josefa Monteiro de. Nas fronteiras da história: uma análise dos discursos de Hitler (1933 - 1934 - 1938). 2019. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
Abstract: O presente trabalho tem como objetivo investigar o funcionamento do discurso político no contexto alemão. O campo discursivo é formado pelos discursos proferidos por Adolf Hitler (1933, 1934, 1938). Para tanto, esta investigação filia-se ao quadro teórico da Análise do Discurso instaurada por Michel Pêcheux (1969), bem como à proposta de Orlandi (2010), Cazarin (2004), Maldidier (1994), Indursky (2013), entre outros. A partir dos gestos analíticos, elaborou-se um recorte do corpus empírico para chegarmos às sequências discursivas que são os pontos principais do nosso olhar teórico-analítico desse campo discursivo. Partindo dessa filiação teórica, em suma, propomos pensar, considerando a relação constitutiva discurso, história e ideologia, os efeitos de sentido que se produzem no discurso político por meio da análise dos itens lexicais “nós/nosso”, “vocês”, “povo” e suas respectivas implicações político-ideológicas, a partir do modo de dizer de um sujeito inscrito numa formação discursiva (FD) “autoritária”. Além disso, pensamos que o jogo que se produz a partir dos elementos “nós/nosso”, “vocês” e “povo” aponta para a constituição de um discurso germanocêntrico (que joga com a inclusão e a exclusão), ou seja, compreendemos que, nos discursos proferidos por Hitler, há um mecanismo ideolólogico de interpelação do “Ser-Alemão” (a raça ariana pura), do “ser-alemão” (cidadão alemão comum que é convocado a fazer parte da raça pura), e do “Ser-não-Alemão” / “Anti-Alemão” (os judeus, os ciganos etc.). Diante disso, concluímos, através da análise do corpus, que o discurso político põe em emergência formações imaginárias (através do “Ser-Alemão”, do “ser-alemão”, e do “Ser-não-Alemão”) que se instauram a partir do funcionamento discursivo das materialidades “nós/nosso”, “vocês”, “povo”. Em suma, entendemos que os respectivos efeitos de sentido que se produzem por meio dessa relação instituem um sujeito que se inscreve numa FD autoritária revestida de uma FD democrática (atravessada pelo nacionalismo e pela xenofobia) para legitimar o seu discurso e, para isso, produz a inclusão de determinados sujeitos e a exlusão (o apagamento) de outros.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36741
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado - Linguística

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
DISSERTAÇÃO Josefa Monteiro.pdf1,51 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


This item is protected by original copyright



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons