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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39405

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Título: Tramas e dramas no cenário judicializado da adoção : narrativas de mulheres sobre entrega do filho em tempos de governo da vida
Autor(es): MENEZES, Katia Lacerda Meira
Palavras-chave: Psicologia; Governo da vida; Judicialização; Entrega à adoção; Mulheres; Narrativas
Data do documento: 28-Fev-2019
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: MENEZES, Katia Lacerda Meira. Tramas e dramas no cenário judicializado da adoção: narrativas de mulheres sobre entrega do filho em tempos de governo da vida. 2019. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
Abstract: Esta tese objetivou problematizar questões que envolvem a entrega do filho à adoção no atual cenário de judicialização e governo da vida. Referenciado nos aportes foucaultianos articulados a contribuições feministas, o estudo consistiu em conhecer experiências e pontos de vista de mulheres nesses contextos mediante a escuta de suas narrativas. Dessa forma, buscou contribuir com o processo de produção do conhecimento no campo psicossocial jurídico, suscitando novas compreensões que permitam questionar e desnaturalizar práticas de governo das mulheres que constituem o público alvo das regulamentações jurídico-legais em curso. A escuta das narrativas facultou problematizar condicionantes do que a normativa jurídico-legal denomina “manifestação de interesse” de mulheres em entregar sua criança à adoção; analisar como essas mulheres se posicionam e são posicionadas no cenário judicializado; e identificar nas suas narrativas possíveis efeitos das práticas de poder/saber em curso neste cenário. Das narrativas sobressaíram as situações de pobreza multidimensional, configurando trajetórias atravessadas por múltiplas desigualdades, violências e desamparos, interseccionadas nas várias dimensões da vida. Nos lugares em que se situam e nas experiências das narradoras prevalecem modos de ser e viver em que a possibilidade de não exercício da maternidade é concebida como desvio das normas produzidas sobre os corpos e condutas das mulheres. Nesses contextos, as escolhas e decisões pela entrega do filho à adoção circunscrevem-se em limites demarcados por condições de existência adversas e estigmatizantes. As narrativas das mulheres tensionam as narrativas hegemônicas no campo da adoção. As experiências vivenciadas no cenário judicializado dão conta de que as práticas de poder e saber em curso operam na lógica biopolítica neoliberal de governo da vida, atuando a maquinaria judicializante como mecanismo de controle e manutenção das desigualdades. As narrativas das mulheres evidenciaram a potência dos seus saberes como analistas críticas das questões que circundam suas vidas, assinalando formas de resistência que envolvem, sobretudo, a luta pela própria sobrevivência.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39405
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