Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554
Comparte esta pagina
Título : | A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos |
Autor : | MOURA, Renata Paula dos Santos |
Palabras clave : | Educação – Ensino público – Ocupação; Ensino público – Ensino Médio – Ocupação; Gestão da escola; Participação Política; UFPE - Pós-graduação |
Fecha de publicación : | 10-nov-2020 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | MOURA, Renata Paula dos Santos. A quem a escola pertence?: reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
Resumen : | A pesquisa aqui apresentada tem como objeto as ocupações secundaristas e suas repercussões na vida escolar e biografia dos/as jovens estudantes. Nosso interesse consistiu em dar visibilidade às ocupações, com o objetivo de compreender o movimento de ocupação da escola pública e suas repercussões no contexto escolar e na vida dos/as estudantes. Para tanto, tomamos como referência o pensamento de Maria da Glória Gohn no que se refere à discussão dos novíssimos movimentos sociais em diálogo com outros autores para desbravar a discussão deste campo e enfatizar as manifestações das ocupações como modo de produção de conhecimentos. Defendemos que o campo-tema juventudes (DAYRELL, 2002) é demarcado por uma vasta discussão que temos o interesse de aprofundar. Corroboramos que “ser jovem” é desafiador, sobretudo, neste contexto desigual, visto que, a depender de que jovem estamos tratando, essas desigualdades serão mais escancaradas e os colocarão em lugares de subalternidade ou fronteiras discursivas que limitam essa a uma categoria etária, biológica, social, legal etc. Buscamos problematizar as distintas percepções de juventudes presentes em momentos históricos significativos e identificamos os diferentes modos de tratamento dessas juventudes em algumas políticas públicas. Analisamos os discursos trazidos em entrevistas junto aos/as Ocupas que participaram desta pesquisa de abordagem qualitativa e inspirada no campo das pesquisas participativas com jovens (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). Participaram do nosso estudo cinco jovens moradores de diferentes comunidades da Região Metropolitana de Recife, que foram ativos/as durante as ocupações secundaristas em diferentes escolas públicas da rede estadual enquanto cursavam o ensino médio. O estudo identificou as distintas experiências vivenciadas por estes/as ao longo do ensino médio e as repercussões da ocupação na vida destes/as. Os/as jovens puderam rememorar, refletir e problematizar sobre os temas abordados, tais quais: juventudes, movimentos sociais, a ocupação secundarista, a escola pública e o seu papel na vida destes/as jovens, participação política (no sentido amplo do tema), resistência, práticas educativas e democracia. Estes foram os principais temas enfatizados em nossa pesquisa, porém acessamos outras vias do discurso a partir dos (des)encontros com os/as Ocupas. Através da escuta atenta, os dados permitiram encontrar experiências que estes/as passaram a enxergar após as ocupações e a construção ou reafirmação de identidades como jovem, negro/a, gay, feminista etc. A vida escolar não seria mais a mesma após o encontro com os pares e as manifestações em prol de uma educação libertadora que rompesse com a centralização de poder exercida pela gestão educacional e escolar na maioria das escolas da rede. Foram marcantes as experiências de educação não formal em todas as instituições ocupadas, assim como não podemos deixar de frisar a truculência e a violência presente nas ocupações e a diversidade de ações promovidas a partir de grupos contrários ao movimento na tentativa de deslegitimar a mobilização estudantil. Dentre as conclusões a que chegamos, os/as Ocupas romperam com o modelo de estudantes esperado pelo sistema educacional e que difere da forma hegemônica de “ser jovem”. Eles/as se rebelaram de modo que passaram a gerir as escolas da maneira que decidiam em discussões e com a formação de redes de colaboração e cooperação. Identificava-se aos poucos a construção de elos, um território comandado pelos/as secundaristas que impulsionou um movimento único e histórico para cada estudante e cada escola, denotando que as juventudes geraram novas e criativas formas de produzir conhecimentos por meio da educação não formal na escola. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Educação |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE Renata Paula dos Santos Moura.pdf | 4,12 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este ítem está protegido por copyright original |
Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons