O dinamismo do comércio internacional do Brasil e da China entre 1990 e 2017: um recorte para o setor de têxteis e confecções.

Abstract

Em um mundo cada vez mais globalizado, o aumento da competitividade é considerado um objetivo a ser constantemente perseguido. Nesse contexto, a indústria têxtil e de confecções se destaca no Brasil por ser o 2º maior empregador da indústria de transformação, além de ter a China como líder global e principal concorrente do setor. A fim de explorar essa conjuntura, o objetivo do trabalho foi analisar o dinamismo do comércio internacional do Brasil e da China entre os anos de 1990 e 2017. Especificamente, buscou-se desenvolver a matriz de competitividade, desenvolvida originalmente por Fajnzylber e Mandeng, usando como base os mercados Mundo e Mercosul. Para isso, a base de dados utilizada foi o TradeCAN, aplicação que implementa a metodologia de análise competitiva apresentada pelos autores supracitados. Os resultados demonstraram que no setor têxtil e de confecções, o Brasil perdeu espaço de mercado; enquanto a China o ganhou. Isso reflete que o aumento das importações de produtos têxteis e de confecções chineses levou a uma desestruturação da cadeia produtiva do setor e a uma diminuição da importância dele para a indústria nacional, principalmente para as exportações brasileiras voltadas para o Mercosul. Por fim, fica claro a necessidade de políticas governamentais de fomento à internacionalização e ao comércio exterior para se alcançar melhores resultados no setor.