Análise dos impactos das privações vivenciada por aposentados e pensionistas urbanos na formação de um estado de bem-estar social no Brasil entre os anos de 2002, 2006, 2009, 2014 e 2018.

Abstract

Desde o final do século XIX as políticas de assistencialismo tem crescido no mundo com intuito de promover melhorias nas condições de vida da população e promovendo aumento nas condições de bem-estar social de maneira geral. O Brasil iniciou sua trajetória de políticas públicas de assistencialismo no fim dos anos 1800, porém só no decorrer do século XX, com maior intensidade após a Constituição Federal de 1988 que o país direcionou suas forças para tentar garantir melhores condições de vida para sua população. Este trabalho se propôs a fazer uma análise da evolução dos indicadores que são utilizados para calcular o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) nos domicílios onde habitam aposentados e/ou pensionistas, segundo dados obtidos nas Pesquisas Nacionais de Amostras de Domicílios dos anos de 2002, 2006, 2009, 2014 e 2018, e na Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios Contínua (2018), período coincidente com o fim dos mandatos presidenciais, com objetivo de verificar se no conjunto de indicadores seria possível afirmar se ocorreu melhora nas condições de vida dessas pessoas. Foi possível perceber a importância de uma análise ampla sobre a pobreza, deixando de concentrar esforços apenas na ótica da renda, e abrangendo outras áreas que atingem diretamente a vida das pessoas e por consequência afetam o seu bem-estar. De maneira geral, este trabalho evidenciou que embora tenham ocorrido avanços nos indicadores, ainda existe um longo caminho a se trilhar em busca de melhorias nas condições de vida da população, para que assim as pessoas tenham uma melhor percepção do estado de bem-estar social.